Bruno Lage: os golos sofridos, as virtudes do Famalicão e o exemplo de Rúben Dias
Bruno Lage fez esta segunda-feira a antevisão ao encontro com o Famalicão, da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Águias venceram por 3-2 no primeiro encontro, disputado na Luz.
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Golos sofridos nos últimos jogos: "Não é uma questão individual, nem da nossa linha defensiva, mas sim uma questão coletiva, que se resume a ser efetivos na pressão que fazemos. Temos que ter uma maior taxa de sucesso nos duelos individuais, não basta ter a intenção de pressionar, temos de condicionar e bloquear as saídas do adversário".
Equipa mais previsível? "Há o outro lado da questão: em termos ofensivos não somos previsíveis. Entre novembro e dezembro, senti isso. Mas agora, em termos ofensivos a equipa consegue reinventar-se. Durante um ano, conseguimos esconder os nossos problemas. Agora esses problemas são mais visíveis porque dão golos. Temos pontos onde somos menos bons, que escondemos por muito tempo. O trabalha passa por ser o mais competente possível em todos os momentos. Não havendo espaço no campo, há espaço no auditório, para ver vídeos, o que também é muito importante. É importante perceber o que correu menos bem em cada jogo, independentemente do resultado. Vejam a importância que o Rúben Dias tem tido no momento de construção, no ano passado não tinha. Sentimos esse crescimento há três ou quatro meses, mas agora é mais visível porque as jogadas acabam em golo".
Atributos do Famalicão: "Tem uma dinâmica muito forte. Coloca muita gente à frente da linha da bola, gente com qualidade na construção. Joga em 4-3-3 e os dois médios jogam na profundidade e na largura. Por vezes, olhamos para os corredores e temos um lateral, um médio e um ala. São dinâmicas pouco casuais que teremos de contrariar. É uma equipa muito competente em termos de construção. Nos dois jogos em casa tentámos anulá-los. Curiosamente, o primeiro golo deles surge quando estamos organizados e com muita gente atrás da linha da bola. Por isso, acho que temos de manter o que temos vindo a fazer".
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