Lage já pode colocar uma medalha ao peito: fez o que ninguém tinha feito em 36 anos
Nos dez primeiros jogos, o treinador teve 90 por cento de triunfos em todas as provas. Eriksson fez o pleno em 1982/83.
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Bruno Lage completou na Turquia, frente ao Galatasaray, os primeiros dez jogos enquanto treinador principal do Benfica e, tirando a derrota sofrida frente ao FC Porto (3-1 na Taça da Liga), soma todos os outros jogos por triunfos.
Com este registo, o ex-líder da equipa B dos encarnados já pode colocar ao peito uma "medalha" relevante na história: desde 1982/83, com Sven-Goran Eriksson, que triunfou em todas as suas dez partidas iniciais, que nenhum outro técnico das águias teve tantos sucessos em período igual.
Aos 100 por cento de triunfos do treinador sueco responde agora Bruno Lage com um aproveitamento de 90 por cento, num percurso apenas travado pelo FC Porto na final-four da Taça da Liga, disputada em Braga no mês passado. Para trás, ficam as vitórias conseguidas perante Rio Ave (4-2), Santa Clara (2-0), V. Guimarães (1-0 tanto para a Taça de Portugal como para I Liga), Boavista (5-1), Sporting (4-2 e 2-1, respetivamente na I Liga e Taça de Portugal), Nacional (10-0) e, finalmente, na quinta-feira passada na Turquia perante o Galatasaray (2-1). Abaixo de Eriksson e de Lage, o técnico com aproveitamento maior de vitórias no arranque no Benfica foi Jupp Heynckes, com 80 por cento, em 1999/00.
Para se tornar no treinador mais vencedor num arranque de carreira no Benfica, mas apenas considerando o campeonato, Bruno Lage ainda precisa de mais seis triunfos consecutivos para poder superar os 11 que Eriksson fez em 1982/83, época de estreia na Luz. Amanhã à noite, na Vila das Aves, terá novo teste - até para procurar recuperar para um ponto a desvantagem para o líder FC Porto -, mas, para poder completar o que seria um histórico ciclo de 12 vitórias na I Liga, Bruno Lage precisa também de bater Chaves, FC Porto, Belenenses, Moreirense e Tondela.
Ataque dá 3,2 golos por partida
Se, em sequência das vitórias conseguidas até agora, os números mostram um Benfica em "retoma", esta equipa "à la Lage" tem feito disparar a produção do ingrediente mais valioso do futebol: o golo. Já lá vão 32 tentos somados pela equipa, ou seja, uma média de 3,2 por partida. Para tal, pesam muito os 10-0 ao Nacional, seguidos dos 5-1 ao Boavista ou até dos 4-2 impostos a Rio Ave e Sporting. No aspeto defensivo, a formação de Bruno Lage apresenta uma média exata de um golo sofrido por jogo: encaixou dez tentos até ao momento.