O poder de fogo do Vitória disparou na segunda parte do jogo com o Paços de Ferreira, marcado pela reviravolta dos minhotos. Pepa "teve olhinho" segundo Cajuda; Machado alerta para "riscos".
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O Vitória de Guimarães retomará ao seu formato habitual frente ao Tondela.
Apesar de Bruno Duarte e Estupiñán terem feito as delícias dos adeptos em Paços de Ferreira, obtendo e até provocando os golos de uma preciosa reviravolta, num jogo mirabolante em que a equipa somou quatro remates na primeira parte e dez (sete enquadrados) na segunda, já com os dois avançados em campo, Pepa não deverá transportar as alterações operadas logo após o intervalo do último jogo para a receção à equipa beirã.
O mais certo é que inclua somente um ponta de lança no onze inicial e essa provável opção inspira coerência a Manuel Machado e Manuel Cajuda, dois treinadores bem conhecidos no universo vitoriano.
"O 4x3x3 é o sistema base do Vitória e tem funcionado bem, até porque envolve uma linha média mais construtora do que compacta. O 4x4x2 é uma boa solução somente como plano B , porque há sempre o risco de o meio-campo descontrolar-se", avaliou Manuel Machado, sublinhando que "só o FC Porto utiliza o sistema 4x4x2" em Portugal. "Nenhuma outra equipa se atreve a descalçar o meio-campo e o Evanilson até recua um pouco no terreno", explicou.
Modelo "preferido" à parte, Manuel Cajuda defende que "os treinadores devem ter olhinho para analisar cada momento de um jogo" e a partida de Paços de Ferreira foi paradigmática. "Esse foi o grande mérito do Pepa: teve olhinho, percebeu que era o momento de mudar em função do resultado e dos rumo dos acontecimentos", assinalou, acrescentando que "nem sempre se obtém superioridade numérica no ataque" com dois avançados. "O Vitória do meu tempo jogava em 4x2x3x1, só com um ponta de lança. No entanto, quando entrava na zona de finalização, a equipa estava preparada para meter sempre quatro e cinco jogadores na área", recordou.