Empresário do antigo jogador do Sporting lembra episódio vivido em 2013
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Num momento em que se fala da utilização da Juve Leo por parte de Bruno Carvalho, Catió Baldé, empresário de Bruma, enviou uma nota às redações relatando um episódio vivido com o antigo jogador do Sporting.
Bruma, recorde-se, pediu a nulidade do contrato com o Sporting e queria deixar Alvalade, mas a direção liderada por Bruno de Carvalho queria manter o jogador ou, em última análise, fazer um encaixe financeiro com a venda, como veio a acontecer, num negócio de 12 milhões de euros com o Galatasaray.
Catió Baldé, no entanto, recorda que Bruma vive um autêntico pesadelo quando foi abordado por um "exército armado da Juve Leo". "O Bruma estava alojado num hotel e houve fuga de informação de onde ele estava. A Juve Leo montou uma emboscada com dezenas de tropas à espera da chegada de Bruma. Quando ele chegou, no seu novinho Mercedes e ainda a aprender a conduzir bem, mal saiu do carro foi cercado por leões da Juve Leo."
O empresário do agora jogador do Leipzig recorda que os adeptos exigiram que Bruma os acompanhasse para ir ter com o presidente Bruno de Carvalho, algo que o jogador negou, conseguindo entrar no carro em direção ao IC19, para casa de amigos. Ligou, no caminho, a Catió e ainda ao advogado Bebiano Gomes. "Quando chegámos a casa dos amigos, estavam dezenas de carros parados na estrada. O Bruma enfrentou-os. Perguntei o que eles queriam. A resposta foi que o Bruma tinha de ir ter com o presidente".
Os representantes do jogador acabaram por chamar a polícia e, à chegada da PSP, os elementos da Juve Leo dispersaram, recorda Catió, lembrando que depois disso foi tomada a decisão de colocar Bruma fora do país, à espera da decisão do caso.
Baldé vai depois mais longe e não deixa dúvidas sobre o que aconteceu. "Ficou bem claro que foi o Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar assinar o novo contrato. Após a decisão que não reconheceu o pedido da rescisão, reuni com o Bruno de Carvalho e chegámos a um acordo para a transferência para o Galatasaray da Turquia. Nessas reuniões a sós com o Bruno de Carvalho, ele confessou-me que aquela situação do hotel com adeptos era somente para assustar e falar com o Bruma", rematou.
Leia a nota enviada por Cátio Baldé
"Bruma, a primeira vítima de Bruno de Carvalho com o seu exército / Juve Leo
Bruma viveu, no verão de 2013, nos finais de julho, o maior pesadelo que um jovem de 18 Anos pode viver, no rescaldo da rescisão com o Sporting e nos primeiros dias do mandato de Bruno Carvalho no Sporting. Numa noite quente do verão, Sete Rios foi invadida por um exército armado da Juve Leo com o cerco do Hotel Mercure. O Bruma estava hospedado nesse hotel discretamente, mas houve fuga de informação de onde o Bruma estava hospedado. A Juve Leo montou uma emboscada com dezenas de tropas dentro de automóveis à espera da chegada de Bruma. (Sabiam que o Bruma não estava).
Quando o Bruma chegou no seu novinho carro Mercedes, e ainda aprender conduzir bem, mal saiu de carro foi cercado por leões da Juve Leo, rapazes bronzeados e tatuados/carecas. A primeira conversa para Bruma: 'tens de nos acompanhar porque o presidente Bruno carvalho quer falar contigo'.
O Bruma é um miúdo corajoso. Respondeu que não ia sem ser acompanhado pelo seu agente Catió Baldé. O Bruma no meio daquele exército consegue fugir e meter-se no carro em direção ao IC19, para casa de amigos e colegas. Nessa fuga o Bruma liga para mim e para o Dr. Bebiano Gomes a contar-nos que estava a ser perseguido e com tentativa de rapto por parte de adeptos do Sporting. Imediatamente eu e o Dr. Bebiano Gomes fomos ter com o Bruma no Monte Abraão/Massamá. Chegados ao local/casa dos amigos de Bruma, estavam dezenas de carros parados na estrada. O Bruma corajosamente saiu de carro e enfrentou-os, mais confiante, porque estava já com os amigos. A minha primeira pergunta para um dos perseguidores foi: 'o que querem?' A resposta foi: 'o Bruma tem que ir falar com o presidente'. Respondi: 'a esta hora?' 'Não importa', responderam. O Dr. Bebiano Gomes, enquanto eu e o Bruma estávamos no bate boca com os elementos da Juve Leo, estava a contactar as autoridades da estação de Monte Abraão. Quando se aperceberam da chegada da PSP meteram-se todos no carro e arrancaram dali com velocidade, mas não sem antes deixarem mensagens bem claras para mim e para o Bruma. Ameaças que nos iam apanhar. Deslocámo-nos à PSP para fazer participação.
Por causa dessa situação, eu, Catió, e os advogados que estavam a acompanhar o processo da rescisão, enquanto não saía a decisão, tomámos a decisão de colocar o Bruma fora de Portugal, por questão de segurança. O Bruma esteve acantonado durante três semanas no Dubai à espera da decisão da CP.
Ficou bem claro que foi o Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar a assinar o novo contrato. Eu (Catió), pessoalmente, fui perseguido e ameaçado no Campo Grande, no centro comercial Stromp, local do famoso barbeiro guineense WUI MANÉ. Deixei de frequentar por largo tempo esta barbearia.
Após a decisão, que não reconheceu o pedido da rescisão, reuni com o Bruno de Carvalho e chegámos a um acordo para a transferência para o Galatasaray, da Turquia. Nessas reuniões a sós com o Bruno de Carvalho, ele confessou-me que aquela situação do hotel com adeptos era somente para assustar e falar com o Bruma.
Catió Baldé"