Bruno de Carvalho: "Já levei um cartão amarelo no estádio e agora deram aos jogadores"

Cartão amarelo dos adeptos: "Todos unidos num objetivo. Queremos ganhar a Taça. Estou de acordo com o Dias Ferreira, que não é o futebol que alimenta as modalidades, mas sim os associados. Nunca gostei que existam aquele tipo de atitudes dos adeptos para com os jogadores. Agora, nós todos que estamos lá temos de perceber que é essa a realidade. Num momento mais grave da minha vida já tive de sofrer muito. Percebo que isso cause dificuldades aos jogadores, treinadores e presidentes, mas é o que acontece quando as pessoas estão frustradas, quando têm expectativas elevadas e quando não reconhecem que as coisas estão bem feitas. Já me deram um cartão amarelo no estádio e agora deram aos jogadores. Isso faz parte e temos de perceber as frustrações dos sócios".

Compromisso: "Compromisso é absolutamente necessário em qualquer jogo contra qualquer adversário. Não há jogos ganhos à partida e hoje falámos bastante nisso. Os sportinguistas merecem que a época acabe com uma alegria, não com aquela de sermos campeões, mas pelo menos com uma vitória no Jamor. O Aves vai lutar pela vitória e vai ter de ser um Sporting muito focado, com muita atitude e com muito compromisso, mas com os pés assentes na terra para alcançar a alegria que os sportinguistas merecem. Os adeptos têm de continuar a ser o 12º jogador e empurrar a equipa para a vitória".

Reuniões com jogadores e equipa técnica: "Perguntar de um só lado é complicado, porque posso dizer que sim e ponto final. Aquilo que eu acho é que foram reuniões honestas, sinceras, francas e abertas, onde as pessoas puderam dizer o que pensavam. Isso é bom e necessário. Nós temos um objetivo para cumprir e não podemos esquecer o que aconteceu. No entanto vamos ter de nos superar e ganharmos no Jamor. As reuniões foram úteis, mas cada interveniente terá a sua opinião. Acho que estamos focados para cumprir este objetivo, não por ser o Aves, mas por ser uma final. Estas foram feitas para ganhar, sobretudo num clube como o Sporting. Demos voz aos pedidos da grande nação sportinguista: resolver dentro de casa. Não temos culpa é de existirem 50 televisões, 200 jornais e 40 rádios... não sei fazer mais dentro de casa do que isto".