Bruno de Carvalho: a ausência de árbitros portugueses do Mundial e "medidas urgentes"
Presidente do Sporting sugeriu conjunto de "medidas urgentes" a serem adotadas por Liga, Federação e "autónomos".
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Bruno de Carvalho recorreu este sábado à sua página do Facebook para comentar a ausência de árbitros portugueses do campeonato do Mundo da Rússia, sugerindo um extenso lote de "medidas urgentes" a serem adotadas por Liga, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e "autónomos", em que inclui os conselhos de Instrução, Disciplina, Justiça e Arbitragem.
"O que significa não haver novamente árbitros portugueses numa fase final de uma grande competição? Como resolver? Que temas teimam em não se falar mas que podem ir alterando esta realidade?", questiona o presidente do Sporting, antes de passar à enumeração das medidas.
Bruno de Carvalho volta a sugerir que os presidentes da FPF e da Liga sejam escolhidos pelo governo e aborda o videoárbitro, retomando também as alíneas relacionadas com a redução do IVA dos bilhetes, as transmissões televisivas e a intervenção "intolerável" do IPDJ, exigindo ainda o fim das claques ilegais.
Leia a lista completa de "medidas urgentes" sugeridas por Bruno de Carvalho:
"Liga:
1. Presidente não eleito mas sim escolhido pelo governo com profissionais na Comissão Executiva;
2. Só negócio e expansão do futebol português;
3. Sair a Comissão de Inquéritos;
4. Regulamentos;
5. Se existir um Conselho de Presidentes, este só pode ter funções consultivas e nunca executivas.
FPF:
1. Presidente não eleito mas sim escolhido pelo governo com uma estrutura 100% profissional,
2. Seleções;
3. Futebol amador;
4. Futebol de formação;
5. Futsal;
6. Futebol de praia;
7. Pagar videoárbitro e restantes tecnologias a 100%, pois beneficiam dos jogadores dos clubes nas seleções.
Autónomos:
A ) Instrução, Disciplina e Justiça;
B ) Arbitragem - com programa financeiro definido e protocolado com a FPF, que tem de financiar a formação contínua dos árbitros e videoárbitros e a criação da carreira de videoárbitro.
O que a FPF e a Liga têm de fazer e exigir:
- Exigir que se dê as dívidas do Totonegócio como pagas e que se devolva o excesso aos clubes;
- Exigir que o IVA dos bilhetes desça para 7%;
- Exigir que o dinheiro das apostas vá diretamente e a 100% para os clubes e não para a Liga ou seja para quem for;
- Exigir que nenhum clube possa produzir ou realizar os seus jogos em termos televisivos;
- Decidir que se possa ver as imagens do VAR nos ecrãs dos estádios e na casa das pessoas. Que o VAR tenha pessoas dedicadas para, no imediato, estarem em contactos com os canais e corrigirem as más informações que por eles estejam a ser dadas. Colocar os árbitros a poderem falar no final dos jogos, como os treinadores e jogadores, podendo eles admitir o que fizeram de bem e de mal. Poderem ser ouvidas as conversas entre os árbitros e os assistentes e videoárbitros no momento em que estão a acontecer (modelo da MLS que o International Board no 4° The Future of Football confirmou que basta a vontade da FPF e que tido isto pode ser feito). - CREDIBILIZAÇÃO E DIGNIFICAÇÃO DA ARBITRAGEM PORTUGUESA!
- Exigir que o Governo aja perante a atuação intolerável do IPDJ;
- Exigir que acabem de vez as claques ilegais;
- Exigir e decidir que se faça justiça nos casos dos vouchers/emails, jogos para perder, tráfico de influências e corrupção - desportivamente e no campo da justiça cível;
- Decidir a diminuição do quadro de multas, pois são os clubes que têm de crescer e não as entidades que beneficiam das multas;
- Decidir que as regras e Regulamentos do futebol não violem a Lei geral e a Constituição da República portuguesa".