Emblema minhoto emitiu novo comunicado esta quarta-feira.
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O Braga anunciou esta quarta-feira a sua retirada imediata da Comissão Permanente de Calendários da Liga, bem como a sua posição "quanto à não continuidade da Taça da Liga".
"O Braga anuncia que abandonará, de imediato, a Comissão Permanente de Calendários e retira a sua confiança a esta Direção", pode ler-se no comunicado.
Em causa está a sobrecarga no calendário, tendo em conta a participação nas competições europeias.
"O Braga tem alertado para a necessidade de criar condições para que as equipas portuguesas a competir na Europa possam conciliar a exigência das provas internacionais com os calendários internos", explica o Braga, dando um exemplo em que isso não aconteceu. Os arsenalistas haviam chegado a acordo com o Boavista para adiar o jogo no Estádio do Bessa, relativo à nona jornada, para 29 de dezembro, mas viram esse adiamento ser-lhe negado pela Liga.
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O adiamento permitiria que "a equipa pudesse competir da melhor forma em Istambul, onde defronta o Besiktas JK a 24 de outubro, aí iniciando um ciclo de 6 jogos em 18 dias e que engloba ainda a receção à equipa turca, a 7 de novembro".
"Um duplo confronto que pode ser decisivo para a continuidade do Braga na Europa e para a subida de Portugal no ranking, mas que surge entre quatro jogos de Liga, constrangimento que o Boavista se predispôs a mitigar, revelando uma compreensão que deve ser enaltecida", explica.
"(...) o Departamento de Competições da Liga formalizou por email, às 00h52 de 5 de setembro, o mapa de jogos aprovado até à 13ª jornada e no qual o Boavista FC x SC Braga surge agendado para as 15h30 de 29 de dezembro, não obstante a oposição manifestada por um clube que usou de todos os expedientes para protelar a questão".
O adiamento foi também aprovado pelo Departamento de Competições da Liga, mas a marcação da jornada foi depois "continuamente protelada" pela Liga, que acabou por rejeitar o pedido.
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"Por ser ilegal e irregular, o Braga não pode calar a sua revolta perante a postura revelada em todo este processo pela Direção da Liga Portugal, pela sua Diretora Executiva, Helena Pires, e pelo seu Presidente, Pedro Proença», diz ainda o comunicado, adiantando que o Sp. Braga exige «à Liga Portugal e aos seus representantes, em sede própria, o ressarcimento dos danos patrimoniais causados ao Clube, já que, em face da convicção criada pela própria Liga de que a marcação da 9ª jornada era definitiva, o Clube fez um planeamento desportivo e logístico que vai sofrer um prejuízo inevitável, sendo já claro o seu impacto em deslocações e estágios pré-agendados e havendo que acautelar os danos desportivos que possam advir"
O Braga anunciou ainda a sua posição em relação à continuidade da Taça da Liga:
"De igual modo, e perante a notória sobrecarga dos calendários e da indisponibilidade de datas para o seu acondicionamento, este Clube não deixará de questionar a sustentabilidade dos quadros competitivos, manifestando desde já a sua posição quanto à não continuidade da Taça da Liga, a exemplo do que aconteceu em França, e como conclusão dos condicionalismos que esta prova está a colocar aos calendários dos clubes nacionais".
"Acresce o facto de a competição, ao contrário do apregoado, não distribuir receitas pelos clubes que a tornem financeiramente atrativa, sendo um mero sorvedouro de fundos para alimentar as vaidades da Liga e a sua ânsia de protagonismo, assim condenando uma ideia meritória mas que tem vindo a ser sacrificada pela forma como a Liga a tem gerido, criando um empecilho aos clubes nacionais".