Crise de resultados bate de frente com calendário temível. Glasgow antecede Alvalade e a vida de Vicens está em cheque. Entre os adeptos já é latente a pouca paciência com uma identidade de jogo que vai custando muitos dissabores. Registo na liga é preocupante e exibições sustentam profunda insatisfação
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Glasgow e Alvalade apertam a exigência para o Braga e Carlos Vicens. A insatisfação foi ruidosa na Pedreira após a desoladora derrota com o Nacional, a segunda em casa perante rival modesto, depois do percalço que já se consentira com o Gil Vicente. Apesar dos lenços brancos e numa reprovação muito audível, também estendida às redes sociais, sendo fácil constatar que a popularidade do técnico espanhol caiu nas ruas da amargura, há um plano de estabilidade da cúpula para o atual projeto desportivo, que goza de contrato de longa duração, três anos, e uma ideia maior de crescimento sustentado, embora com premissa de uma conquista inédita em quatro anos, como o título nacional.
Carlos Vicens parece estar protegido para já e defendido na sua continuidade por haver um Braga com estofo na Europa, olhando aos três pontos somados com muito suor diante do Feyenoord, estando também a deslocação ao Celtic Park na agenda imediata, não sendo recomendável ferir a identidade da equipa nesta fase, bem como uma ida a Alvalade, logo depois, que desafia, forçosamente, o Braga a encontrar a sua estrela para consumo interno, já que os nove pontos em sete jornadas, fruto de duas vitórias e três empates constituem um pecúlio magro e embaraçador para o que eram as expectativas minhotas para a temporada 2025/26. Os triunfos tornaram-se inadiáveis e urgentes, não interessando o grau de dificuldade, prevalecendo um descontentamento generalizado que obriga todas as partes a unirem esforços por um Braga capaz de corresponder à sua história e também ao avultado investimento feito para esta temporada. As derrotas com o Gil Vicente e Nacional, além de algo chocantes, ficaram manchadas igualmente por um registo exibicional constrangedor, com os adversários a serem mais rematadores do que os guerreiros dentro da sua própria fortaleza.