No Bessa, o extremo mostrou argumentos para ser opção na ausência dos pontas de lança de raiz
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Privado de Luiz Phellype e Vietto, ambos lesionados, Leonel Pontes apostou em Bolasie como referência do ataque com o Boavista e o extremo mostrou argumentos que o tornam uma alternativa válida para a posição.
A adaptação do reforço segue a tendência de potenciar a velocidade e irreverência de homens dos corredores, na missão de baralhar os centrais rivais, estratégia que a última Champions coroou. "O campeão da Europa [Liverpool] joga sem pontas de lança", lembrou o técnico do Sporting, referindo-se aos endiabrados Mané e Salah. Contudo, o caso não se limita à "mente" de Klopp.
Já a preparar a sucessão de Suárez, o Barcelona contratou Griezmann, que antes de brilhar no Atlético de Madrid como avançado foi um prolífico extremo na Real Sociedad. Reus (Dortmund), Depay (Lyon), Mertens (Nápoles) e Gabigol (Flamengo) são outros exemplos de jogadores que derivaram da ala para o meio para explorar a sua capacidade concretizadora. Refira-se também o que tem sucedido no United desde a saída de Lukaku, com Solskjaer a alternar entre os velozes Rashford e Martial como aríetes.
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Em Portugal, já se assistiu a adaptações de sucesso. Uma delas no FC Porto, quando Co Adriaanse alegava não ter avançados e Jesualdo Ferreira apostou no então extremo Lisandro López para referência do ataque. No Benfica, Ronald Koeman apostou em Geovanni como 9 e o brasileiro respondeu com golos importantes na Champions. Nestas contas não se pode esquecer Ronaldo, que saiu do Sporting como um habilidoso extremo para se transformar na máquina de golos que se conhece.