Partida de Alex Telles e de Danilo causaram mossa nos números da última época e desde então que Conceição tem procurado solução. Sérgio Oliveira e Wendell fundamentais nos pontos conquistados
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A importância do aproveitamento das bolas paradas ficou mais uma vez bem demonstrada nas últimas duas jornadas para o FC Porto, que utilizou esta arma para sair por cima dos encontros com o Gil Vicente e o Paços de Ferreira, respetivamente.
Depois de uma época em que os golos apontados na sequência de cantos e de livres diretos não renderam qualquer ponto - deixámos as grandes penalidades de fora da contabilidade -, os azuis e brancos já somam quatro em 2021/22, metade do máximo atingido desde a chegada de Sérgio Conceição ao clube. E isto, quando nem sequer está concluído o primeiro terço do campeonato.
Sérgio Oliveira foi responsável por dois, na cobrança de uma falta à entrada da área gilista que valeu o triunfo (2-1) aos dragões, em Barcelos. Os outros dois tiveram as impressões digitais de Wendel, após um canto de Vitinha que o guarda-redes André Ferreira lhe colocou nos pés, permitindo ao brasileiro consumar a reviravolta dos portistas com os pacenses (2-1), no Dragão.
Tendo em conta o aproveitamento retirado pelo FC Porto deste tipo de lances nas primeiras três épocas de Conceição, a regresso ao passado não espanta. Estranha foi a quebra abrupta registada na última temporada, que se explica, principalmente, pela saída de Alex Telles, um especialista nos esquemas táticos ofensivos.
A maior diferença notou-se nos pontapés de canto, para a qual também contribuiu a partida de Danilo. Os azuis e brancos chegaram a fazer alguns golos assim - bem como de livre -, mas estes surgiram em resultados mais volumosos e tiveram uma importância relativa. Desde então que Conceição tem procurado ser criativo para surpreender os adversários.
Otávio, por exemplo, já foi usado como alvo, surgindo a atacar o primeiro poste. E sabe-se como o sucesso nos lances de laboratório poderá ser uma ajuda precioso na luta pelo título.