Presidente do Benfica desdramatizou a situação financeira do clube face à crise do BES, referindo que o clube sempre cumpriu com as suas obrigações.
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"Não é verdade que o BES tenha cancelado uma conta caucionada do Benfica. Nos últimos dez anos o clube pagou 200 milhões de euros de juros e qualquer banco precisa de clientes desses", palavras de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, na entrevista à Benfica TV, na noite desta quinta-feira.
"Os benfiquistas podem estar calmos e serenos, porque o Benfica não esteve em incumprimento com ninguém, seja com o BES, a Caixa Geral de Depósitos ou o Millenium. Claro que o Benfica precisa das instituições financeiras para crescer, mas nunca pediu perdão de dívidas a ninguém. Paga a taxa normal de mercado, idêntica ao de qualquer outra empresa".
Em relação ao reforço da equipa Benfica, o presidente garantiu, apesar das notícias vindas a público sobre eventuais condicionamentos financeiros, que eles vão chegar:
"Posso garantir que os jogadores que têm que entrar até ao dia 31, data em que fecha o mercado, vão aparecer, disso ninguém tenha dúvidas".
Luís Filipe Vieira, no início da entrevista, e a propósito da saída de um elevado número de jogadores, negou qualquer desinvestimento, explicando:
"Os únicos desinvestimentos foram Garay e Cardozo, depois de termos investido bastante na época anterior, pois tínhamos a final da Liga dos Campeões no nosso estádio e era natural que desejássemos tentar marcar presença. Investimos forte e ganhámos tudo o que havia para ganhar em Portugal, fomos à final da Liga Europa, mas, infelizmente, não conseguimos ganhá-la. Quanto a outras saídas, o Markovic saiu pelo valor da cláusula, tal como o Oblak e nos casos do André Gomes e do Rodrigo eles haviam sido vendidos em Dezembro a um fundo, mas nos próximos dois anos o Benfica ainda pode amealhar mais 10 milhões de euros. No caso do Siqueira, além de um forte investimento estava em causa também um ordenado muito elevado".