Só por uma vez, há 24 anos, as águias entraram na 21ª jornada da I Liga com 15 pontos de atraso em relação ao líder da competição<br/>
Corpo do artigo
Muito aquém das altas expetativas criadas pela estrutura, a época do Benfica tem-se vindo a transformar num pesadelo que remete para os anos mais negros da história do clube da Luz. À entrada da 21ª jornada, a equipa orientada por Jorge Jesus ocupa um modesto quarto lugar a 15 pontos do líder Sporting, desvantagem para o topo da tabela que já não se via em período semelhante desde 1996/1997.
À época, uma equipa que teve três treinadores - Paulo Autuori, Manuel José e Mário Wilson - levava 16 pontos de atraso sobre o FC Porto e acabou por terminar o campeonato a 27 dos dragões, que se sagrariam campeões. O final de época foi ainda mais melancólico face à derrota na final da Taça de Portugal: 2-3 diante do Boavista.
Em termos de performance absoluta, os 39 pontos somados à 20ª jornada são o pior registo no campeonato desde a temporada 2007/2008, quando uma equipa orientada por José Antonio Camacho - que mais tarde haveria de ser substituído no banco por Chalana - chegou a esta fase da prova com 38 pontos. Foi também na temporada supracitada que o Benfica somou cinco jogos consecutivos sem ganhar fora de casa na I Liga, registo que a equipa de Jorge Jesus já igualou em 2020/2021 face aos empates nos terrenos do Farense, do Moreirense, do FC Porto e do Santa Clara, bem como a derrota em Alvalade.
Uma das explicações para a queda do Benfica nas contas do campeonato reside na fraca produção ofensiva. Em Faro, a equipa de Jorge Jesus somou o quarto jogo na prova em branco, sendo que três deles (Farense, V. Guimarães e Sporting) ocorreram nas últimas cinco jornadas. Longe da artilharia pesada de épocas anteriores, o emblema lisboeta contabiliza apenas 33 golos marcados que contrastam com os 43 do FC Porto, os 42 do Sporting e os 37 do Braga.
13376816