Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Benfica no empate, 0-0, com o Dínamo Kiev, na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
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BENFICA UM A UM
A FIGURA
Vlachodimos: 8
Voltou a guardar a porta dos milhões
Tal como sucedeu frente ao CSKA Moscovo e ao PSV, a exibição de Vlachodimos entre os postes encarnados voltou a ser uma mais-valia para o Benfica. Em particular quando, em duas situações sucessivas já nas compensações finais, foi capaz de impedir que o Dínamo vencesse o jogo. Nas duas intervenções, o grego mostrou reflexos, não tremeu e bem contribuiu para o ponto somado pela equipa. Até então já fora determinante a desviar um livre de Shaparenko (9") e um disparo forte de longe de Mykolenko (43"). Sem falhas de maior, a Vlachodimos apenas faltou ontem ir à área contrária e fazer o que os colegas da frente não conseguiram: marcar um golo.
Otamendi 8
Até começou com um erro aos 8" mas, daí em diante, foi enorme nos duelos, onde saiu claramente por cima. Aos 42", 50" e 52", em particular, travou lances de potencial perigo.
Vertonghen 7
No eixo da linha de três centrais varreu o que havia para varrer e ainda ajudou os colegas. Aos 17" impediu Shkurin de finalizar com uma interceção exemplar.
Morato 7
Não destoou dos colegas de setor, contribuindo ainda para que Grimaldo pudesse soltar-se regularmente para o ataque.
Gilberto 5
As tarefas defensivas obrigaram-no a manter-se em alerta e a subir menos do que sabe. Nem sempre esteve certeiro no passe.
Grimaldo 7
Teve um par de passes perdidos na fase inicial mas, quando engatou em velocidade de ponta, foi o ala que o Benfica precisava para apoiar Everton. Boas subidas, nem sempre concluídas com um cruzamento perfeito mas sempre ligado ao jogo.
Weigl 7
Tirando a ponta final, onde pareceu menos fresco, foi o grande pilar da equipa, permitindo libertar os colegas para o ataque. Aos 34" e aos 41" começou lances desaproveitados por Everton e Yaremchuk, respetivamente.
João Mário 6
A fazer pontes com os outros médios e atacantes, deu fluidez ao jogo da equipa. O problema é que não desequilibrou no último terço coma equipa necessitava.
Rafa 7
Aos 3", 11", 25", 40", 55" e 63" criou situações que, com uma ponta maior de sorte, poderiam ter sido o fator de desbloqueio. A sua velocidade nunca foi realmente anulada pelo adversário e só faltou mesmo... a bola entrar.
Everton 5
Teve bola nos pés e, aos 34", com mais esclarecimento, até podia ter faturado. Muita mobilidade mas faltou acertar no último terço.
Yaremchuk 6
No regresso a casa viu-se "entalado" entre Zabarnyi e Syrota, tendo poucas vezes sido capaz de sair desse colete de forças. Mesmo assim, assustou Boyko aos 41" e aos 55".
Radonjic 6
Teve um par de arrancadas em velocidade, numa altura em que a equipa estava em quebra. Ficou a promessa de mais e melhor.
Darwin 5
Entrou aguerrido mas faltou-lhe mais certeza no momento de decisão.
Lázaro 5
Ajudou a fechar a direita na fase mais difícil da partida e arriscou pouco nas saídas.
Taarabt -
Mal tocou na bola.
Pizzi -
Sem tempo de jogo.
Como jogou o Dínamo Kiev
Shaparenko queria bem mais do jogo
A equipa do Dínamo, sem apresentar argumentos de elevada qualidade, foi mantendo cerradas as fileiras a defender, sendo esse o seu ponto mais forte ontem, tendo em Shaparenko o principal diferenciador criativo do meio-campo para a frente. Faltou-lhe melhor companhia mas, com Garmash e Karavaev em campo, a formação de Kiev acabou por mostrar outros "dentes" durante a segunda parte, onde esteve mais perto de chegar ao golo.
Defesa
Na baliza do Dínamo Boyko mostrou-se seguro a defender os tiros de Yaremchuk aos 41" e aos 55", assim como em várias saídas dos postes. Na direita, Kedziora não lidou bem com Grimaldo e Everton, perdendo várias disputas. Na esquerda esteve melhor Mykolenko, que também deu alguma alma atacante. Os centrais Zabarnyi e Syrota dividiram-se a "secar" Yaremchuk, cumprindo a missão e, depois, com Darwin, sendo os melhores na defesa.
Meio-campo
Sydorchuk foi a pedra em torno da qual a equipa de Lucescu se arrumou mas viu-se sobrecarregado. Shaparenko acabou por se ir assumindo como o foco de maior perigo da equipa, a pensar o jogo e até meteu a bola na baliza encarnada, em lance anulado nas compensações. Já Buyalskyy mostrou talento com a bola mas, muito sozinho, viu pouco do seu trabalho dar frutos. Karavaev, após entrar, fez o jogo fluir mais.
Ataque
Dos alas, era esperada uma capacidade de desequilíbrio que nem Tsygankov nem Carlos de Peña foram capazes de dar na primeira parte. Já na segunda, o uruguaio foi um pouco mais atrevido. O homem mais adiantado que jogou de início, Shkurin, pouca bola teve nos pés, emaranhado nos três centrais do Benfica mas viu do banco Garmash colocar mais dificuldades aos encarnados.