Vice-presidente das águias foi punido pelo CD após a expulsão no clássico com o FC Porto.
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O Benfica reagiu à suspensão de 16 dias aplicada pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) a Rui Costa, vice-presidente do Benfica, na sequência da expulsão no clássico entre as águias e o FC Porto, na última quinta-feira, anunciando que vai recorrer da decisão.
De acordo com o relatório do árbitro Artur Soares Dias, o dirigente das águias viu o cartão vermelho por protestar a decisão em relação ao lance em que o Benfica reclamou segundo cartão amarelo para Pepe: "Isto é segundo amarelo, c...", afirmou Rui Costa. O Benfica entende que se trata do "mais recente capítulo da farsa em que se transformou a justiça desportiva no futebol português e que vem agravar a mancha irreparável que tem alastrado na temporada 2020/21".
"Há um problema, desde logo, na base das 'razões' que sustentam a suspensão de Rui Costa. É que o nosso delegado ao jogo não entrou no relvado, tal como as imagens facilmente comprovam. Este é o primeiro facto que indica a má-fé e a farsa que continuam a imperar nas decisões da justiça desportiva em Portugal. Para além disso, as palavras de Rui Costa não podem ser consideradas atentatórias da honra de qualquer elemento da equipa de arbitragem, da mesma forma que não podem sequer ser comparadas às ofensas recentes (e que são do conhecimento público) de outros protagonistas, com castigos, nalguns casos, iguais ou até inferiores ao que hoje se conheceu", sustenta ainda o clube da Luz, que "assume um estado de indignação pela forma continuada como tem sido prejudicado e, até, provocado por quem deveria zelar pela transparência e pelo total cumprimento da verdade desportiva."
"O Sport Lisboa e Benfica irá recorrer da decisão do Conselho de Disciplina, prometendo esgotar todas as possibilidades que impeçam que este escândalo", termina.
O relatório de Soares Dias refere que Rui Costa "entrou no terreno de jogo cerca de um metro". Sobre isto, Rui Costa apresentou ao CD "alegações acompanhadas de imagens vídeo", frisando que não entrou no terreno de jogo, como indicou Soares Dias.
O CD reviu defesa e na mesma não foi nada acrescentado em relação às declarações proferidas por Rui Costa, deliberando o órgão disciplinar que a palavra do juiz do encontro sobrepõe-se à do dirigente do Benfica, tendo este que cumprir a suspensão de 16 dias por conta das palavras proferidas: "Este Conselho de Disciplina - Secção Profissional entende que não se vislumbra indiciado abato suficiente à credibilidade probatória reforçada de que gozam aqueles relatórios oficiais no que respeita às afirmações imputadas ao agente desportivo Rui Costa relevantes para o efeito do preenchimento do ilícito disciplinar", pode ler-se no mapa de castigos publicado este sábado.
Refira-se que as penas aplicadas pelo CD aos dirigentes são quatro vezes mais pesadas do que as dos treinadores, conforme o regulamento disciplinar da Liga.