Avançado faltou aos embates com Vitória de Setúbal, FC Porto e Estoril e o número de remates do emblema encarnado não passou da dezena em cada jogo, nos quais o Benfica quebrou após o descanso
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Nos últimos três encontros, as más entradas dos encarnados na segunda parte têm sido notórias. No Estoril, isso foi evidente, à semelhança do que tinha acontecido nos embates com o Vitória de Setúbal e FC Porto. Exceção feita à derrota no clássico, os encarnados até conseguiram vencer nos descontos com sadinos e canarinhos, mas a ausência de Jonas ajuda a explicar a quebra das águias nestas últimas três jornadas. O JOGO contactou quatro treinadores que são unânimes nas análises, considerando que o afastamento do Pistolas interfere diretamente com o rendimento ofensivo da equipa.
Para Leonel Pontes, Daúto Faquirá, José Sousa e Andrade, o substituto Raúl Jiménez não pode ser comparado com o camisola 10, pois tem características diferentes. "Jonas é uma referência para a equipa, marca, assiste e cria desequilíbrios. Arrasta os defesas e provoca buracos a nível ofensivo para os colegas poderem finalizar. Jiménez não é a mesma coisa, foge muito da zona de finalização e a equipa não consegue jogar da mesma forma", afirma Andrade, também ex-jogador dos encarnados.
Já Leonel Pontes destaca igualmente a maior preponderância de Raúl Jiménez quando era lançado no decorrer do desafio para agitar. "Um tem capacidade para segurar, rodar e decidir, enquanto o outro é de maior imprevisibilidade de movimentos, mais agressivo e combativo, o que dá liberdade à execução do Jonas quando estão juntos", diz. "Jiménez entrava na altura em que o Benfica precisava e ele correspondia, ao aumentar a capacidade ofensiva. Ao ser titular, altera o padrão da equipa", vinca.
Sem Jonas, que recupera de uma lombalgia - continua limitado e em dúvida para sábado -, os remates das águias decresceram. Neste período, houve dez tiros diante de V. Setúbal e Estoril e nove contra o FC Porto, enquanto frente a V. Guimarães, Feirense e Aves, o poder de fogo foi superior, com 12, 17 e 16 remates das águias. No entender de Daúto Faquirá, Jonas é de outro nível. "Neste último jogo, o Estoril entrou bem na segunda parte, mas recordo-me de encontros do Benfica em casa, em que as equipas contrárias também reagiram com o Jonas em campo. Só que depois o Benfica ataca, o Jonas marca e isso faz com que o rival vá abaixo e o Benfica parta para resultados volumosos", sublinha Daúto, acrescentando que Jiménez tem "mostrado mais" quando salta do banco.