Com um golo, os encarnados passam a somar 6 mil no escalão principal. O FC Porto tem 5.512 e o Sporting, 5.391
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O Benfica pode tornar-se, este sábado, a primeira equipa a chegar aos 6.000 golos na I Liga, precisando para isso de marcar um golo ao Moreirense, na Luz, em jogo da 18.ª jornada da edição 2021/22.
Depois do 2-0 ao Paços de Ferreira, selado por João Mário e Grimaldo, no domingo, a fechar a primeira volta, os encarnados passaram a contar 5.999 golos na prova, na qual participam pela 88.ª vez, num total de 2.483 jogos.
Melhor ataque da prova, com 49 golos, o melhor registo de qualquer equipa nas primeiras 17 rondas desde 1975/76 (54 do Benfica), a equipa agora orientada por Nélson Veríssimo só precisa de repetir o que, na primeira volta, fez em 16 de 17 jornadas.
As águias só ficaram em branco na receção ao Portimonense, que, à oitava jornada, venceu por 1-0 na Luz e acabou com a trajetória 100% vitoriosa do conjunto de Jorge Jesus.
Nos restantes embates, o Benfica marcou quatro vezes um golo, chegou em cinco aos dois, marcou duas vezes três, chegou uma vez aos quatro, cinco e seis e alcançou os sete em duas ocasiões, no 7-1 ao Marítimo e no polémico 7-0 ao Belenenses, no Jamor, num jogo que acabou a meio por inferioridade numérica dos azuis.
Os 5.999 golos não são, porém, uma contabilidade "pacífica", por culpa de um golo que o Benfica marcou em 1986/87, em Braga (1-1), na 30.ª e última ronda do respetivo campeonato, e foi, depois, anulado pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Tendo em conta a invasão do relvado por parte dos adeptos, que não deixaram o jogo terminar, a FPF aplicou, posteriormente, derrota por 3-0 às duas equipas no respetivo encontro.
Ainda assim, várias publicações continuam a validar o golo de Carlos Manuel, aos 23 minutos, e, desta forma, já consideram que o Benfica tem 6.000 golos, tento atribuído a honra ao espanhol Grimaldo, no embate da ronda 17.
A polémica já vem de trás, de 2 de novembro de 2008, dia em que o Benfica chegou ao golo 5.000, num triunfo por 2-1 no terreno do Vitória de Guimarães.
O central brasileiro Sidnei apontou esse golo redondo, aos 18 minutos, de cabeça, após livre do malogrado espanhol José Antonio Reyes, mas, quem valida o tento de 1986/87, atribuiu esse registo ao hondurenho David Suazo, que faturou aos 15.
O golo 5.000 da formação encarnada surgiu quase 17 anos depois do golo 4.000, apontado em 7 de dezembro de 1991, à 14.ª jornada do 'nacional' 1991/92, autoria do médio russo Vassili Kulkov, aos 57 minutos, quando fez o 2-0 no 3-0 ao Beira-Mar.
José Rosário (1949/50) foi o autor do golo 1.000, Yaúca (1963/64) apontou o tento 2.000 e Vítor Martins (1976/77) foi o autor do golo 3.000, numa contabilidade iniciada por Alfredo Valadas, em 20 de janeiro de 1935, face ao Vitória de Setúbal.
Na tabela dos melhores ataques da história do campeonato, que se joga desde 1934/35, o Benfica soma mais 487 golos do que FC Porto (5.512) e mais 608 face ao Sporting (5.391).