Benfica e o caso dos vouchers: "Houve um abuso e essa pessoa foi para o Sporting"

Caso dos vouchers novamente na ordem do dia
Filipe Amorim / Global Imagens
Luís Bernardo, diretor de comunicação do Benfica, em declarações à CMTV, reage à reportagem da TVI sobre o caso dos vouchers e as suspeitas de corrupção.
Notícia da TVI: "Os kits oferecidos aos árbitros depois de todos os jogos independentemente dos resultados e à frente de toda a gente, inclusive às autoridades, foi valorizado pela UEFA. O Benfica nunca deixou de dar kits, por cortesia e não por compensação, a UEFA valorizou que os kits eram oferecidos à frente de toda a gente, provava ser ação de cortesia e não aliciamento. Oferecia às claras e de forma transparente. Daqui se depreende que quando existe intenção malévola de corromper, não se faz as claras. Como se corrompe alguém depois de um jogo que se perdeu? Ou quem se sabe que o delegado vai relatar factos que penalizam o clube? Não tem lógica. Se o processo avançar, teremos oportunidade de esclarecer questões, nenhum delegado, arbitro, observador, manifestou sentimento de rejeitar ofertas, ou sentir-se incomodado. Isso tranquiliza-nos muito. Não sabemos o que o MP vai concluir, ainda ontem os argumentos mais usados era que havia uma campanha de controlo do Benfica, com o e-mail dos padres, ligado aos árbitros, MP disse que era mentira, os e-mails estavam truncados pelo diretor de comunicação do FC Porto. Pode acontecer que alguém que tenha abusado, houve um caso, essa pessoa foi trabalhar posteriormente para o Sporting".
Valores de 600 euros? "Não tenho condições para confirmar isso. O Benfica ainda não foi notificado da decisão do MP.".
Kits ainda continuam? "Na altura, face à polemica que existiu, para eliminar suspeitas, eliminámos essa prática no final da época 2016/17".
Hoje que tipo de cortesias há? "Normalmente são camisolas, tudo dentro dos regulamentos, como sempre esteve e dentro das normas FPF, FIFA E UEFA".
Timing da notícia: "Não sejamos ingénuos, surge na sequência da decisão do MP que veio demonstrar dolo intencional do diretor de comunicação do FC Porto e responsável pelo Porto Canal, por e-mails truncados, falseados. Fabricou-se a lógica do plano do Benfica para controlar a arbitragem, isso caiu por terra há 24 horas. Também há 24 horas um clube nosso rival teve a apresentação de contas catastróficas, com riscos fair-play financeiro da UEFA".
