O espanhol vai em 533 minutos no Benfica sem faturar. Pior que ele, no passado recente e entre avançados, só Derlei.
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Ao fim de sete jogos e 533 minutos em campo, Raúl de Tomás continua sem fazer qualquer golo pelo Benfica, numa participação que já incluiu a Supertaça, a liga portuguesa e, na última partida com o Leipzig, a Liga dos Campeões.
O atacante espanhol está em branco e a dar sequência à forma como terminou a temporada passada no Rayo, onde fez o último golo em abril: de lá para cá são já 898 minutos sem golos em partidas oficiais
Os números do avançado espanhol não são nada bons e é preciso recuar 12 anos para se encontrar um avançado que ainda precisou de mais tempo para se estrear a marcar no clube da Luz: Derlei.
O "clone" de Raúl de Tomás nesta estatística negativa, Derlei, também desiludiu em 2006/07, tendo apenas um golo pelos encarnados em 18 partidas, ele que havia dado provas goleadoras no União de Leiria, FC Porto e Dínamo Moscovo. Pelas águias, no entanto, desiludiu ao ponto de ter precisado de 667 minutos para festejar o primeiro (e único) golo, abismo do qual agora De Tomás se aproxima perigosamente: faltam ao ex-Real Madrid mais 134 minutos de jejum, cerca de jogo e meio, para igualar o brasileiro.
Em sete jogos pelo Benfica, De Tomás rematou 18 vezes. Na época passada, pelo Rayo, teve 11,9% de eficácia; na anterior atingira os 22,6%
A questão em torno da falta de golos de Raúl de Tomás agrava-se se contabilizada a época passada, quando ainda jogava no Rayo: o seu último tento foi a 14 de abril, pelo que acumula agora 898 minutos em branco.
Na lista de avançados que mais demoraram a marcar mas, mesmo assim, menos tempo do que o camisola 9 do Benfica destaca-se Cardozo, que precisou de 368 minutos para faturar o seu primeiro tento. No entanto, no futuro compensou, e de que maneira, deixando as águias com 172 golos em 293 partidas.
Com um custo de 20 milhões de euros, Raúl de Tomás procura um golo que lhe retire alguma pressão, ele que já fez 18 remates, apenas sete deles em direção à baliza. Esta eficácia nula do espanhol contradiz o seu desempenho no Rayo em 2017/18 (24 golos e eficácia de 22,6%), no segundo escalão, e na época passada (11,9%, com 14 golos), no primeiro.
O Benfica pagou 20 milhões de euros ao Real Madrid por Raúl de Tomás
Muito longe de Seferovic e Félix
Com os dados atuais, é notória a diferença de eficácia entre De Tomás e a dupla de avançados mais utilizada na época passada com Bruno Lage ao comando. Em 2018/19, Seferovic marcou 26 golos em 118 disparos, ou seja, teve uma eficácia de 22%. Já João Félix ficou-se por um aproveitamento de 11,8%, com 20 tentos em 91 disparos.
Curiosamente, na temporada presente, e mesmo estando abaixo do rendimento da época passada, Seferovic está menos mal do que De Tomás: fez 17 remates mas soma já dois golos. Vinícius fez um golo em um remate.
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