Declarações do treinador do Boavista na antevisão ao dérbi em casa do FC Porto
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O Boavista vai ao Dragão no antepenúltimo lugar da tabela, disposto a lutar pela vitória no recinto do velho rival da cidade, num jogo que habitualmente promove discussão titânica, independentemente da condição das equipas. Cristiano Bacci promete uma pantera de garras afiadas na busca de pontos no terreno azul e branco.
"É um jogo diferente, sabemos que é importante para os adeptos, a estratégia será a mesma, porque a equipa prepara os jogos em casa ou fora da mesma forma. No final é um jogo que vale três pontos como os outros", disse o italiano, escalpelizando argumentações diferentes após o apito inicial, que não significarão um Boavista mais encolhido. "A nossa ideia é jogar sempre para ganhar, umas vezes dá, outras não! Mas são equipas com alvos e objetivos completamente diferentes. É um jogo importante para ambos, é um dérbi, nós temos a confiança de que nunca mostramos incompetência nos jogos que fizemos. Depois todos os resultados são possíveis, iremos sempre com ideia de pontuar, seja no Dragão, Alvalade ou Bessa", atestou, admitindo que "pontuar é sempre positivo".
"Não podemos comparar as equipas, interessa-me ter a minha confiante, a acreditar no trabalho e no futuro. Apesar deste ciclo de uma só vitória em sete jogos, a equipa tem jogado bem e criado oportunidades para ganhar", realçou, fugindo de qualquer parecer sobre os perigos portistas. "É uma equipa muito forte, que luta pelas classificações cimeiras, espera-nos um jogo difícil mas vamos dar luta. Não é só Samu, o FC Porto tem muitos jogadores de grande qualidade, a equipa não está focada num só adversário, porque, antes de tudo, queremos fazer o nosso jogo. Depois há equipas rivais que são mais competentes e outras menos competentes", notou Bacci, afastando desgaste, apesar do recurso constante aos mesmos jogadores, num plantel muito deficitário de opções.
"A nossa referência é sempre o último jogo, o que conta é que conseguimos acabar em cima do Aves SAD, apesar do plantel mais curto. Fomos para cima, apesar das substituições, eles puderam meter cinco jogadores pesados de experiência, nós fizemos uso de jovens que se querem mostrar na Liga", aferiu o técnico italiano, esperando um Boavista capaz de deixar a zona de alto risco na tabela, desvalorizando as metáforas da época festiva. "Sair da zona de despromoção é o objetivo, porque é sempre o objetivo final de uma equipa. Temos estado dentro, temos estado fora, temos de saber aguentar e melhorar o dia-a-dia. Não sou de prendas, odeio dar prendas e não gosto de receber. Vamos ver como corre o jogo", rematou.