Vasco Fernandes, secretário técnico do Sporting, recorda que houve alguma confusão na marcação do horário do treino no dia do ataque à Academia de Alcochete.
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O secretário técnico do Sporting, Vasco Fernandes, atribuiu esta terça-feira, no Tribunal de Monsanto, a responsabilidade da marcação das horas dos treinos a Jorge Jesus.
Questionado sobre a alteração de horário da sessão de trabalho do plantel leonino no dia do ataque à Academia, Fernandes recorda alguma confusão na definição da agenda e das trocas de impressões com o então técnico do Sporting.
"Na reunião [com o staff] estavam Bruno, André Geraldes e dois administradores. Acho que era o Carlos Vieira e o Rui Caeiro. Ninguém falou da saída do Jorge Jesus. O André Geraldes levantou o véu, mas de forma informal e fora da reunião. Lembro-me que Bruno perguntou se estávamos com a Direção, direciona para o Luís Araújo e Gil Henriques, porque trabalhavam diretamente com Jorge Jesus. Foi por aí que me apercebi do eventual despedimento de Jesus. Com Jesus era sempre tudo à última da hora [fala sobre a marcação do treino]. Combinei afastar o treino oficial do Jamor do dia do jogo. Para terça-feira. Isto foi marcado duas ou três semanas antes. Na viagem da Madeira para Lisboa, disse para falar com a FPF a dizer que não íamos treinar no Jamor na terça-feira, mas sim quarta de manhã. Mais cinco minutos e chamou-me outra vez a dizer que não sabia bem que depois me dizia", lembra o secretário técnico, que abordou ainda o papel de André Geraldes, na altura team manager dos leões, no deslocamento de adeptos à Academia de Alcochete:
"Era ele que tinha conhecimento das deslocações de adeptos à Academia e depois acertava com o Ricardo Gonçalves [chefe da segurança]. Aconteceu duas ou três vezes. Esperavam na portaria e depois eram acompanhados para um sítio combinado e falavam com os jogadores", rematou Vasco Fernandes.