A esmagadora maioria das associações de futebol regionais já oficializou a paragem de todas as competições por tempo indeterminado. Apenas sete associações não mantém o final de março como data para o final da suspensão, mas isso deverá acontecer nos próximos dias.
Corpo do artigo
A maioria das associações distritais de futebol já admite que a suspensão de todas as competições deixou de ter prazo para o reatamento. Esta nova tomada de posição acontece uma semana depois da indicação do final do mês do corrente mês como o primeiro prazo apontado para a suspensão dos campeonatos.
As associações começam a perceber que este jogo frente ao adversário Covid-19 será lento e poderá precisar de algo mais do que um mero prolongamento. Uma das últimas foi a Associação de Futebol do Porto que, em comunicado oficial, publicado na passada quinta-feira, informou os clubes associados de que a previsão do final da suspensão das competições passou de 22 de março para um lacónico "até que surjam condições para serem respostas".
Se o adiamento sem prazo pode ser problemático para a sobrevivência de alguns clubes - mesmo tendo em linha de conta a linha de crédito de apoio ao futebol não profissional, criada pela Federação Portuguesa de Futebol, no valor de um milhão de euros -, é preciso não esquecer que em termos competitivos estes campeonatos definem os 20 clubes promovidos ao Campeonato de Portugal e cerca de 40 vagas para a Taça de Portugal.
Ainda há uma semana a maioria das associações apontou o último fim de semana de março para como prazo para o final da suspensão, mas o agravamento das medidas administrativas, que culminaria com a entrada do país em estado emergência, acabou por contribuir para que 15 das 22 associações tivesse declarado já o adiamento de todas as competições por tempo indeterminado. Sete associações (AF Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa, Vila Real e Madeira) ainda não tomaram uma nova posição, mas é crível que o façam nos próximos dias.