Situação terá acontecido no intervalo da partida, que acabou com triunfo dos leões, por 1-2. Associação de Defesa do Adepto pede responsabilidades.
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A Associação de Defesa do Adepto divulgou esta segunda-feira um comunicado, denunciando um abuso de autoridade durante o intervalo do encontro entre Famalicão e Sporting, na noite de domingo passado. Um adepto, sem que seja referido de que clube, terá sido obrigado a ficar "em roupa interior, sem que nada o fizesse prever, à frente de muitos outros adeptos."
"Após o jogo que colocou frente a frente o FC Famalicão com o Sporting CP, realizado ontem à noite no Estádio Municipal de Famalicão, chegou-nos uma denúncia de um adepto que deve envergonhar todos os intervenientes do futebol nacional, em particular os que têm responsabilidade direta e indireta no facto ocorrido. Durante o intervalo, da referida partida, alguns polícias destacados para este jogo encaminharam um adepto para a zona do bar e revistaram-no, obrigando o adepto a ficar em roupa interior sem que nada o fizesse prever à frente de muitos outros adeptos. Este atento à dignidade humana é o espelho dos repetidos abusos de autoridade dos quais os adeptos são alvo", pode ler-se no comunicado deixado nas redes sociais da referida Associação.
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A APDA pede responsabilidades às autoridades, demonstrando, ao mesmo tempo, solidariedade com o adepto.
"Durante anos os responsáveis deste país fecharam os olhos aos excessos que as forças de autoridade, na pessoa de alguns dos seus elementos, cometeram contra adeptos. Resta dizer que os abusos das autoridades foram sempre um assunto tabu em Portugal daí que, de algum modo, seja de estranhar que nos próximos dias seja publicada a reportagem: Quando o ódio veste uma farda. Basta! As autoridades merecem-nos o maior dos respeitos pelo importante papel que desempenham na sociedade mas, sob a necessidade de travar a escalada de abusos, é preciso que quem falha seja chamado à responsabilidade pelos órgãos de direito! Por fim, mostramo-nos solidários com o adepto que sofreu esta humilhação e fazemos votos que o mesmo recorra à justiça para que de uma vez por todas haja respeito pela dignidade, direitos e garantias de todos os adeptos", concluiu.
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