"Considerando as posições expressas pelo representante de quatro acionistas minoritários, foi deliberada a suspensão dos trabalhos", comunicou o Benfica.
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Benfica informou que a assembleia-geral da SAD foi suspensa esta quinta-feira, devendo ser retomada a 24 de janeiro, às 19h00. Em causa, "as posições expressas pelo representante de quatro acionistas minoritários".
A AG foi marcada para "deliberar a sobre a recomposição dos cargos sociais do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral" e para a "eleição dos membros dos respetivos órgãos para o mandato relativo ao quadriénio 2021/2025".
Eis o comunicado enviado à CMVM:
"A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD informa, nos termos e para o efeito do disposto no artigo 248.º-A do Código dos Valores Mobiliários, que no âmbito da apreciação do ponto único da Assembleia Geral extraordinária convocada para hoje, dia 6 de janeiro de 2022, às 19.00 horas, para deliberar sobre a recomposição dos cargos sociais do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral e eleição dos membros dos respetivos órgãos para o mandato relativo ao quadriénio 2021/2025, e considerando as posições expressas pelo representante de quatro acionistas minoritários, foi deliberada a suspensão dos trabalhos, devendo os mesmos ser retomados no próximo dia 24 de janeiro de 2022, às 19.00 horas, no mesmo formato, isto é, exclusivamente através de meios telemáticos, com recurso a videoconferência (nos termos do disposto no artigo 377.º, n.º 6, alínea b) do Código das Sociedades Comerciais)."
A AG marcada para hoje servia para deliberar sobre a recomposição dos órgãos sociais da SAD encarnada, após as eleições de 9 de outubro no clube, que se seguiram à renúncia de Luís Filipe Vieira da SAD e do Benfica, nas quais foi eleito Rui Costa.
O antigo jogador contará com um membro na administração da anterior equipa, o gestor Domingos Soares de Oliveira, numa equipa da SAD encarnada que passa de cinco para seis elementos, mantendo-se Rui Costa e Domingos Soares de Oliveira, agora com Luís Paulo da Silva Mendes, Manuel Brito, Maria Gabriela da Câmara Pestana e Maria do Rosário Pinto Correia.
Em contrapartida, deixaram este órgão o diretor financeiro Miguel Moreira, visado na investigação que envolve Luís Filipe Vieira, acusado de vários crimes e prejuízo à SAD benfiquista, José Eduardo Moniz, que não foi candidato às eleições no clube, e Sílvio Cervan, que entrara como vogal apenas após a renúncia do ex-presidente.
Já Luís Paulo Mendes e Manuel Brito, filho do antigo presidente Jorge de Brito, acumulam a posição na SAD com os cargos na vice-presidência do clube, bem como Domingos Soares de Oliveira, enquanto Maria Gabriela Pestana e Maria do Rosário Pinto Correia, advogada e economista, respetivamente, vêm de fora.
A AG também deveria votar as mudanças na Mesa da Assembleia-Geral, com a entrada do líder parlamentar do CDS-PP Telmo Correia, por troca com a saída do histórico dirigente benfiquista Jorge Arrais, de 89 anos.
No Conselho Fiscal, mantém-se a estrutura de quatro elementos, com as trocas de Gualter das Neves Godinho e José da Silva Appleton, por Carlos Barreto da Rocha e Maria Ema da Palma, que passam a vogais do órgão novamente presidido por João Albino Cordeiro Augusto.