Desde 2014/15 que não havia uma chicotada nos algarvios. Bruno Lopes, o novo treinador, tem de arregaçar as mangas e provar que o "estágio" que fez com o seu "patrono" pode ditar a recuperação.
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Há cinco anos que não se verificava uma chicotada na equipa principal do Portimonense.
É preciso recuar até à época 2014/15 para dar conta desse registo, quando Vítor Maçãs, Carlos Azenha e José Augusto dividiram o cargo, estavam os algarvios na II Liga. Agora, a saída de Folha interrompeu um ciclo promissor no que à estabilidade diz respeito, com origem numa série de resultados menos conseguidos que levaram a equipa a descer na tabela, até ao penúltimo lugar. E isto depois de, na temporada passada, a carreira dos alvinegros ter merecido o aplauso geral da crítica, sobretudo durante a primeira volta.
É impossível deixar de associar à quebra de rendimento da equipa as mexidas no plantel
Curiosamente, faz agora um ano que o Portimonense começou a baixar de produção, mas o pecúlio até então amealhado nunca tirou tranquilidade ao grupo. O certo, porém, é que as saídas de Nakajima, Ewerton e Manafá nunca foram compensadas - tal como Folha admitiu algumas vezes -, pese o esforço da SAD, que, para a campanha em curso, procedeu a várias novas contratações. Só que os reforços não tiveram a adaptação e muito menos o rendimento desejado.
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A saída de Paulinho para o futebol chinês, ainda em dezembro, e as baixas recentes de Tabata, Lucas Fernandes, Fernando e Jackson Martínez subtraíram qualidade ao plantel. Sem soluções e sem resultados, Folha não resistiu, muito embora a administração da SAD lhe tenha dado o máximo apoio. Duas vitórias em 17 jornadas é, de facto, um somatório demasiado escasso. Bruno Lopes, o jovem treinador que Folha tinha integrado na sua equipa técnica, tem agora de arregaçar as mangas, provando que o "estágio" teve o devido aproveitamento.