Schelotto sofre pelos seus, por causa da covid-19. Sobre o futuro, lembra que o futebol é uma caixinha de surpresas e os leões estão no seu coração.
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Ezequiel Schelotto, dono da lateral direita da defesa do Sporting durante praticamente a época e meia que passou nos leões (segunda metade da época 2015/16 e 16/17), veste agora a camisola do Brighton, mas não esquece a verde e branca com o leão ao peito.
Com amigos na capital portuguesa, onde a filha nasceu e ele próprio abriu um negócio de restauração, conta a O JOGO que não esquece o emblema de Alvalade e que ainda recebe mensagens a pedirem o seu regresso.
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"No Sporting vivi momentos muito lindos, passei um bom bocado, joguei muito e ainda mantenho contacto com jogadores do atual plantel. Sempre que posso acompanho os jogos, sei que agora não estão em boa fase como quando eu estive lá. Mas todos sabemos que o futebol é assim, há bons e maus momentos e desejo-lhes o melhor. O Sporting deu-me muito e tratei de responder sempre com o meu profissionalismo. Tenho o meu coração sempre no Sporting", atirou, abordando primeiro a sua relação afetiva com os leões, para depois revelar os contactos e pedidos que recebe de adeptos leoninos: "As pessoas ainda me enviam mensagens para que regresse e no futebol nunca se sabe. Espero que lhes corram bem as coisas, gosto muito deles e o país é formidável. A minha filha é portuguesa, temos grandes recordações com a família em Lisboa."
Passou apenas um ano e meio em Alvalade, mas o carinho pelo Sporting perdura e não se importava de voltar ao clube que lhe possibilitou, por exemplo, cumprir o sonho de jogar na Liga dos Campeões
Uma coisa que não esquece do Sporting, apesar da passagem curta pelo clube, é o facto de lhe ter aberto muitas portas e permitido concretizar alguns sonhos. "Guardo muitas lembranças do Sporting, como ter jogado com essa camisola os primeiros jogos na Liga dos Campeões. Também o ter estado muito perto do título: conseguimos muitos pontos, mas não deu, ainda não posso acredito nisso, o futebol é assim. Fiz sempre o melhor que pude, não poupei esforços, as pessoas sabem o que dei por essa camisola. Os adeptos do Sporting são extraordinários, sempre sentíamos o seu impulso tanto a jogar em casa como nas deslocações. Em cada jogo sentíamos como se estivéssemos em casa porque são tremendos, dão ânimo e apoiam sempre. Pessoalmente, sempre me respeitaram, nunca me fizeram sentir mal", recordou o italo-argentino, que vê o seu país adotivo, a Itália, em sofrimento devido ao coronavírus, que também tem implicações no seu dia a dia de atleta, como sucede a quase toda a sociedade:
"Aproveito para estar em casa com a família, que é algo que nunca consigo fazer por causa das viagens, as concentrações e os jogos. Na parte desportiva, o clube dá-nos um programa de treino por telefone e explica-nos o que temos de evitar fazer. Deram-nos licença desde que se cancelou o jogo com o Arsenal. Temos colegas de todo o mundo e alguns estão afetados. Sei que as pessoas estão a passar um período difícil em Itália, no país todo, também em Espanha, em outros países, e o desporto, neste momento, temos de deixá-lo de lado e pensar em quem está a sofrer. Temos de seguir as recomendações e ficar em casa. Estamos em contacto permanente com a minha família", remata Schelotto.