As autorizações de Bruno, as mensagens de WhatsApp e muito mais no despacho de acusação do DIAP
Presidente do Sporting terá dado aval ao ataque aos jogadores e equipa técnica a 15 de maio
Corpo do artigo
Bruno de Carvalho terá dado aval ao ataque à Academia em telefonema e mensagens trocadas nos dias anteriores a 15 de maio. O JOGO teve acesso ao despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) onde estão descritas conversas e mensagens, muitas delas que culminam com a autorização vinda do líder do clube. "Já falei com o Presidente (do Sporting Clube de Portugal) e ele disse-me, desta vez façam o que quiserem aos jogadores!"
O presidente terá ainda, segundo o despacho, dado aval ao ataque com tochas a Rui Patrício, no início do jogo com o Benfica, a 5 de maio. No texto do DIAP consta que Nuno Mendes (Mustafá) falou com o presidente que deu ordem para que tal acontecesse. "o líder da Claque com a autorização do presidente, deu ordem para que fossem lançadas sobre o guarda-redes Rui Patrício, número indeterminado (pelo menos dezenas) de tochas acesas, com o propósito de agredir o jogador em várias zonas do corpo, impedindo-o de continuar em campo e defender a baliza."
As mensagens de WhatsApp são parte importante da acusação, sendo descritas várias conversas com insultos e planos para o ataque, mas há uma parte que não consta no processo, precisamente as recebidas por André Geraldes, team manager da equipa, supostamente por terem sido apagadas. "Apesar de André Geraldes ter sido informado, na madrugada do dia 15/05/2018, pelo Jornal Correio da Manhã de que contra ele corria um processo e de se admitir que o mesmo tenha apagado conversações de 'chat´s' como o WhatsApp, e que o relacionariam com a preparação do ataque à Academia do SCP e a outros ataques aos jogadores da equipa profissional de futebol e à equipa técnica estamos em crer que estando o telefone móvel intercetado poderão existir conversas e mensagens que seriam relevantes para a prova nos presentes autos."
A acusação do crime de terrorismo também é justificado, com recurso a oito pontos, nos quais se faz referência à existência de uma organização com vista à preparação de um crime.