Entrada de Castro no onze arsenalista resultou no "sacrifício" de André Horta, o médio mais utilizado por Artur Jorge, e ajudou a baralhar as contas do treinador para os próximos compromissos.
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A deslocação do Braga a casa do Estoril, que terminou com um triunfo e culminou no regresso da equipa às vitórias no campeonato após duas derrotas, contou com uma novidade nas habituais escolhas de Artur Jorge.
Pela primeira vez esta temporada, o treinador colocou Castro ao lado de Al Musrati na zona intermédia do relvado, recuperando, assim, a dupla mais vezes utilizada nas duas últimas temporadas.
Com a inclusão inédita de Castro no onze em jogos do campeonato realizados esta época (tinha sido apenas titular na Taça de Portugal, com o Felgueiras, e na Liga Europa, com o Saint-Gilloise, na Pedreira), Artur Jorge quis dar mais energia e músculo defensivo à equipa e a verdade é que, cinco jogos depois, o Braga voltou a não sofrer golos.
A decisão de o treinador mexer na dupla do meio-campo também se deveu ao entendimento profundo entre Castro e Al Musrati, dois jogadores com muita experiência.
A entrada do camisola 88 na equipa resultou no "sacrifício" de André Horta, um jogador mais talhado para as ações ofensivas. Até ao jogo com o Estoril, Artur Jorge tinha optado, sempre que possível, pela dupla formada por André e pelo internacional líbio, surgindo Racic como alternativa.
A boa entrada de Castro no onze ajuda a baralhar as opções do treinador arsenalista para os próximos jogos, restando no imediato saber qual será a dupla para o duelo de quinta-feira com o Union Berlin, uma partida importante para as contas do Grupo D da Liga Europa. Partindo do princípio que Al Musrati tem a posição consolidada, devido ao peso que tem no rendimento dos minhotos, Artur Jorge terá, à partida, que escolher entre Castro, André Horta e Racic para acompanhar o líbio no compromisso com os alemães. O facto de André Horta estar fresco depois de ter entrado na reta final com o Estoril é um trunfo a seu favor.