Artur Jorge e o ciclo do Braga: "Não tenho usado muito a palavra 'resposta' no meu discurso..."
Artur Jorge, treinador do Braga, fez a antevisão do jogo de domingo contra o Boavista. Partida da sexta jornada da I Liga Betclic
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Duas derrotas consecutivas: "Há sempre momentos de desconforto em todas as equipas, mas, para mim, tem obrigatoriamente de passar ao lado, porque o meu objetivo é sempre dar o meu melhor para conseguir vitórias"
Resposta às derrotas: "Não tenho usado muito a palavra "resposta" no meu discurso, acredito mais no equilíbrio, na coerência e na consistência das exibições. Sou o primeiro a não estar satisfeito por já termos perdido dois jogos [no campeonato], mas isso não me cria desânimo no que a equipa pode render e dar. Temos que ser mais consistentes não só nas exibições, mas em tudo: no suporte à equipa, no apoio que temos que ter, no acreditar no processo e no projeto e não reduzir tudo ao desempenho da equipa. Isso passa mito por vivenciarmos de forma intensa o momento do campeonato, mas os nossos momentos têm sido de três em três dias, temos que ter serenidade e paciência no que estamos a fazer e saber o que estamos a fazer. Isso é o mais importante."
Não está satisfeito: "Não chega só dizer que se está cá, que estou cá como líder da equipa, o amar o clube não chega, é preciso competência. Quando falo na consistência do projeto, falo em dois terceiros lugares, uma final da Taça de Portugal, um play-off da Liga dos Campeões 100 por cento vencedor, um apuramento para a fase de grupos da Champions. São cerca de 70 jogos. Se estamos satisfeitos com o momento? Não estamos, mas temos margem de crescimento para fazer muito melhor, temos de ter consistência em tudo e não só nas exibições para podermos ter uma época de sucesso."
Braga campeão: "Já disse que acredito que um dia o Braga será campeão e continua a acreditar nisso, mas temos de gerir bem as expectativas. Basta ver que na primeira vez que estivemos na fase de grupos da Liga dos Campeões, com o míster Domingos, tínhamos oito pontos à quinta jornada, mas um do que tínhamos hoje."
André Horta menos utilizado: "Aumentámos a qualidade e internamente a equipa ficou mais competitiva, mas isso não retira valor a quem não joga. Temos uma equipa com um grupo de 23 jogadores de grande qualidade e eu, como qualquer treinador, não consigo pôr mais do que 11 a jogar regularmente..."
Erros de José Fonte com o Nápoles: "Não quero individualizar. O José Fonte contribuiu para uma excelente exibição no último jogo, mas temos a tendência de empolar mais quando a situação é negativa. Se pode fazer melhor do que fez contra o Nápoles? Seguramente, já o mostrou com Sporting, Panathinaikos e nos outros oito jogos. A questão da idade? O José Fonte é um profissional que se cuida muito bem, como o Castro, o Paulo [Oliveira], o Moutinho, o Pizi. Têm uma idade superior, mas trabalham lindamente, são excelentes profissionais e cuidam-se da melhor forma para corresponder nos treinos e nos jogos. São mais-valias para o nosso grupo".
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