Derrota no terreno do Farense atirou a equipa para o último lugar, situação que nunca acontecera à décima jornada. A pressão aumenta para o treinador Daniel Ramos, que carrega o fardo de seis derrotas seguidas no campeonato e de apenas um golo marcado neste período: o de Rafa Mujica, em Alvalade.
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A derrota em Faro, por 2-0, agudizou a crise de resultados, sendo este o pior registo do Arouca à décima jornada em sete épocas na I Liga. Com apenas uma vitória, conquistada na abertura do campeonato, a equipa de Daniel Ramos caiu para o último lugar, somando seis pontos, menos dois do que em 2013/14, 2014/15 e 2016/17, campanhas em que não estava na cauda da tabela.
Quando se confrontou com cenários semelhantes ao atual, a Direção do Arouca só por uma vez mudou de equipa técnica, há sete anos, na última passagem pelo primeiro escalão ao cabo de quatro participações consecutivas, após a subida histórica em 2012/13, então sob o comando do malogrado Vítor Oliveira. No entanto, a entrada do experiente Manuel Machado para o lugar de Lito Vidigal não evitou a descida à II Liga, no final da temporada 2016/17, a de estreia europeia do clube.
O Arouca voltou à ribalta quatro épocas depois com Armando Evangelista, que devolveria o emblema da Serra da Freita às provas europeias. A situação atual suscita apreensão, embora a distância para o décimo classificado seja de cinco pontos.
A pressão aumenta para Daniel Ramos, que no seu historial neste patamar competitivo nunca esteve no último lugar da classificação. Além disso, apresenta um défice na eficácia: na sequência de seis derrotas, marcou somente um golo, em Alvalade, por Mujica. O avançado espanhol iniciara a temporada com grande poder de fogo, partilhando o estrelato com o compatriota Cristo González, ambos com três golos na I Liga. Mas os problemas não se resumem ao ataque, já que na defesa há também muito a melhorar.