Apesar de o teste com o Olympiacos ter merecido elogios das entidades, DGS e Governo não autorizam presença de adeptos nos jogos com o Marselha (Liga dos Campeões) e Rangers (Liga Europa).
Corpo do artigo
Uma semana depois de ter recebido 2450 adeptos, no jogo com o Olympiacos, da Liga dos Campeões, o Estádio do Dragão volta a fechar ao público, por falta de autorização de Governo e DGS.
De acordo com o que O JOGO apurou, não estão ainda previstos novos testes por parte das entidades competentes, o que significa que os jogos europeus desta semana, em Portugal, voltarão a ser à porta fechada. I
sto é válido para a partida de amanhã dos portistas com o Marselha, para a Champions, assim como para o encontro do Benfica com o Rangers, na quinta-feira, para a Liga Europa. Os clubes foram informados desta decisão depois do Conselho de Ministros realizado no sábado e que, como se sabe, levou o Governo a decretar novas medidas de combate à covid-19.
Em todo o caso, segundo o que apurámos, há de todas as entidades [Governo, DGS, Liga e FPF] e clubes a intenção de retomar futuramente novos testes nos estádios nacionais. Seja no campeonato ou nas provas europeias.
Recorde-se que a lei em vigor, no que diz respeito ao futebol mantém a proibição da presença de público nas bancadas. Foram abertas algumas exceções nas últimas semanas para serem realizadas algumas experiências, com o acordo entre todas as entidades competentes.
A primeira aconteceu na receção do Santa Clara ao Gil Vicente [3 de outubro], com mil pessoas nas bancadas; depois com os dois encontros da Seleção Nacional no Estádio de Alvalade contra a Espanha (2500) e a Suécia (5000); seguiram-se duas partidas da II Liga (Feirense-Chaves e Ac. Viseu-Académica) que estavam em atraso. Mais recentemente, na jornada anterior, o Tondela-Portimonense e o Farense-Rio Ave também tiveram lotação limitada.
No encontro com o Olympiacos estiveram 2450 adeptos que ajudaram o FC Porto ao triunfo que valeu o encaixe de 2,7 milhões de euros
A escolha destes últimos jogos teve "como critério a avaliação da situação epidemiológica regional dos locais onde estão situados os diferentes estádios". E, à semelhança do que aconteceu nos outros três testes-pilotos já realizados pela Liga, foram cumpridas todas as determinações da DGS, nomeadamente as regras sanitárias e o distanciamento social. Finalmente, foram abertas as portas nos três jogos das competições europeias (FC Porto-Olympiacos, Benfica-Standard Liège e Braga-AEK).
A UEFA permite a presença de 30 por cento da lotação dos estádios, mas como prevalece a lei do país - como acontece, por exemplo, na venda de álcool nos recintos desportivos - inicialmente foram autorizada uma lotação de apenas 15%. Esse valor baixou depois para 7,5%, atendendo ao agravamento da situação epidemiológica do país. Entretanto os números pioraram e, nas próximas semanas, os estádios voltarão a ser fechados, nomeadamente aqueles que se localizam em concelhos de risco, como é o caso do Porto, Lisboa e Braga, as cidades que têm equipas nas competições da UEFA.
Como curiosidade, refira-se que os três jogos europeus anteriores que serviram como teste terminaram com triunfos para as equipas portuguesas o que, com o contributo dos adeptos, ajudou a distanciar o nosso país da Rússia no ranking da UEFA.
Isto além do prémio monetário que os triunfos garantiram, 2,7 milhões de euros no caso do FC Porto. No FC Porto-Olympiacos, como nos outros desafios, tudo decorreu sem qualquer problema, dentro das normas e regras previstas, com todas as entidades a serem unânimes em considerar que o futebol deu um excelente exemplo, ao contrário, por exemplo, do que sucedeu no Grande Prémio de F1, disputado no Algarve, que levou mesmo a que o Moto GP, no mesmo recinto, já não venha a ter público.