O fim de ciclo de Carvalhal no Braga ainda depende de uma conversa final, na qual será feita uma análise ao rendimento da equipa nas duas últimas temporadas, entre objetivos alcançados e falhados.
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O fim de ciclo de Carlos Carvalhal no Braga, que é um cenário altamente provável, ainda vai estar sujeito a uma conversa entre o treinador e o presidente António Salvador, que irá acontecer pouco depois de o campeonato terminar, daqui a sensivelmente três semanas.
Nessa reunião, as partes irão refletir sobre o que foi feito ao longo de duas épocas de ligação, entre objetivos alcançados e falhados, e também abordar o futuro imediato do clube.
Será uma reunião, tudo o indica, para selar a descontinuidade do projeto, se bem que, até agora, nenhuma das partes tenha assumido oficialmente a aproximação do fim da relação contratual.
A informação de que António Salvador pretende abordar cara a cara o trabalho realizado por Carlos Carvalhal nestas duas últimas temporadas bate certo também com o desejo do técnico, que já remeteu para o fim da época a realização de um balanço, necessário para fundamentar qualquer decisão sobre as opções imediatas de carreira. A marcação de uma reunião entre as partes serve, também, para oferecer tranquilidade ao plantel para a reta final do campeonato, isto depois de já ter sido avançado o nome do italiano Andrea Pirlo como possível alvo, uma situação que dificilmente terá base de sustentação.
A questão da continuidade de Carvalhal no emblema bracarense é um tema que tem merecido cada vez mais debate entre os adeptos do clube, embora internamente seja um assunto sem discussão. A renovação nunca foi proposta ou discutida pelo clube e o próprio treinador já deu a entender que estará de saída no fim da temporada, tendo referido, em declarações a um jornal turco, que estaria livre dentro de pouco tempo.
A conquista da Taça de Portugal em 2020/21, época em que o Braga também chegou à final da Taça da Liga, foi o maior feito do treinador nesta segunda passagem pelo banco arsenalista (a primeira fora em 2006/07), mas também foi o insucesso nessas duas provas esta temporada que não agradou à administração. A aposta em jovens da formação (16 no conjunto das duas temporadas) e a chegada aos quartos de final da Liga Europa, tendo o Braga arrecadado cerca de 13 milhões de euros só esta época com esse percurso, foram outros pontos altos do treinador.