Aníbal Pinto e o alegado plano da Doyen para Rui Pinto: "Fiquei muito desconfortável"
Advogado que é arguido no caso de tentativa de extorsão à empresa voltou a frisar que "não cometeu qualquer ilegalidade".
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Aníbal Pinto foi questionado na manhã desta terça-feira pela procuradora do Ministério Público em tribunal, assim como por um advogado que representa a FPF, no julgamento do processo Football Leaks, e abordou a intenção da Doyen de contratar Rui Pinto, com a alegada intenção de aceder aos servidores da Federação.
"Quando o Nélio Lucas falou comigo, o que lhe disse foi que o meu cliente era um miúdo. Perguntou-me se tinha capacidades. Quando o Nélio me falou nessa possibilidade, sim, fiquei muito desconfortável com isso, fiquei ciente de que era uma ilegalidade, como é óbvio. Nesse sentido, disse expressamente ao Rui Pinto, se o Nélio Lucas quisesse ficar um contrato nessa base, que arranjasse outro advogado", disse Aníbal Pinto na segunda sessão do julgamento, que voltou a contar com a presença de Rui Pinto, frisando estar inocente:
"Eu já li os emails dezenas de vezes a ver se encontro alguma ilegalidade, mas não encontro nenhuma. Vou ler mais alguns. (...) A minha posição foi sempre: 'Eu estou fora, não entro em ilegalidades'. Quando percebi isso, saí fora. Foi o que fiz", acrescentou Aníbal Pinto, que é arguido no caso de tentativa de extorsão à Doyen. Sobre a possibilidade de receber honorários da Doyen, explicou: "Não achei bem nem mal, porque o Rui Pinto é que me disse que seria a Doyen a pagar-me, porque tinham feito um acordo entre as partes. Nesse sentido disse 'tudo bem'. Só numa perspetiva de que iria ganhar mais dinheiro nessa situação", rematou Aníbal Pinto.