Aos 35 anos, com mais de 400 jogos, o médio que jogou no Leixões em 2024/25 diz que já não tinha foco total e que o corpo não ajudava. Foi campeão nacional pelo FC Porto, venceu a Taça de Portugal ao serviço do Vitória e vestiu a camisola da Seleção Nacional. Estes foram os seus maiores feitos numa carreira brilhante.
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Acabou-se o futebol para André André, a0s 35 anos, ao fim de quase 500 jogos oficiais, numa paixão iniciada no Varzim e que depois mostrou no FC Porto – clube no qual o seu pai, também médio, foi ídolo –, Vitória, Corunha, Al-Ittihad Jeddah (Arábia Saudita) e Leixões.
O centrocampista que esteve para se chamar António e só ficou com o nome que tem, porque, quando nasceu, uma enfermeira sugeriu André André para ser original, deixa os relvados, pelo menos como jogador – recentemente disse que gostaria de ficar ligado ao futebol –, com um título de campeão nacional pelo FC Porto, em 2017/18, uma Taça de Portugal pelo Vitória, em 2012/13 e um título nacional da II Divisão pelo Varzim, em 2011/12, além de ter vestido a camisola da Seleção Nacional por quatro ocasiões, com um golo marcado ao Luxemburgo.
Admirador do pai André, a sua maior referência, mas também de Maradona e de Iniesta, o caxineiro, que teve o Leixões, da II Liga, como último clube, anunciou, ontem, que “chegou a hora de colocar um ponto final na carreira”, explicando, na Sport TV, que “já não estava com foco total e o corpo também não ajudava muito”.
Para trás fica o Varzim, que, não se cansa de dizer, “significa praticamente tudo” para ele. “Foi ali que me tornei homem, foi ali que passei grandes momentos, momentos lindos na formação”. Também o FC Porto inspira-lhe grande paixão, porque representar os dragões “era um sonho de criança”, dado ser “portista desde miúdo”. Seguiu-se o Vitória, onde “a exigência é como num grande” e onde viveu “momentos arrepiantes” proporcionados pelos adeptos no Estádio D. Afonso Henriques.
Feita a despedida dos relvados, a próxima etapa poderá passar pelos bancos. “Gosto muito de futebol. Ser treinador? Acho que gostaria de ensinar miúdos, mas nada está definido. É um cargo complicado”, afirmou o médio que pendurou as chuteiras.