Amorim e Viana, Pinto da Costa, Vieira e César Boaventura. E ainda o perdão da banca: o que disse Frederico Varandas
Frederico Varandas é entrevistado na RTP 3, este domingo à noite
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E terá mais força o Frederico Varandas a segurar Rubén Amorim ou o Hugo Viana a convencê-lo a ir para o City? Isto não será um triângulo amoroso, mas será um triângulo que foi importante para o sucesso recente do Sporting, não é?
"Foi um triângulo fundamental para o crescimento e para o retomar do verdadeiro Sporting, isto é história, ficará para sempre, Rúben Amorim e Hugo Viana foram fundamentais neste arranque. Obviamente o Hugo Viana é o assunto do momento, o Hugo Viana, obviamente, e aqui do ponto de vista pessoal, merece tudo, não só do ponto de vista profissional. Vai, provavelmente, para um dos clubes mais poderosos do mundo, a par do Real Madrid. Algo que nunca aconteceu em Portugal, um dirigente português ir para o patamar máximo dos máximos. Isso é mérito dele, mas também é muito mérito de como o Sporting é visto lá fora. E muitas vezes cá em Portugal há muita trica, aquela telenovela, mas lá fora os clubes bem organizados, os clubes vencedores, olham e vêm um clube que se reinventou, vêm um clube que dá lucro financeiro e vêm um clube que ganha títulos e que valoriza seus ativos. Por isso, obviamente, este é o patamar de excelência com que o Sporting é visto lá fora. E para nós, Sporting, é muito importante que o Hugo Viana tenha sucesso no Manchester City, muito importante, porque é isso que nós queremos, ser vistos lá fora desta maneira"
Termina a entrevista de Frederico Varandas ao programa Trio de Ataque, da RTP3. Recorde o que disse o presidente do Sporting
"Ganhar uma prova europeia é o desígnio maior da sua presidência. Ou é impossível?
O que é que eu lhe posso dizer? Tudo o que digo e tudo o que seja em discursos é escrito por mim, pela minha cabeça, porque digo o que penso e digo o que acredito. Se me disserem a mim, a um sócio do Sporting, que eu acredito que o Sporting vai vencer uma Liga dos Campeões, estaria a mentir. Não acredito. E não é pela falta de competência que a minha equipa tem, que a minha estrutura tem, mas simplesmente nós temos de ter a consciência do que é que somos, enquanto país e a economia que somos e com quem competimos. Por isso, para um Sporting poder ganhar uma Liga dos Campeões, teria de tudo correr espetacularmente e os nossos concorrentes serem profundamente incompetentes."
A polémica reestruturação financeira, com um perdão de dívida foi sobretudo mérito do administrador Francisco Salgado Zenha, elogia, o presidente da SAD leonina
"Como é que conseguiu convencer a banca a perdoar mais de 100 milhões de euros ao Sporting?
Aqui foi um trabalho duro, longo, onde o mérito tem que ser todo dado ao meu administrador, Francisco Salgado Zenha, à sua equipa. Mas atenção, isto só foi feito porque no final de contas foi um bom negócio para todos. Eu sei que as pessoas podem dizer, mas o que é que é um bom negócio? A verdade é que foi um bom negócio para o Sporting e um bom negócio para a banca. Se não fosse, não o teríamos feito, disso não há qualquer dúvida. "
A banca não foi perdulária, nem simpática demais?
"Eu acho que a banca acredita muito na competência dos seus administradores e fizeram o melhor que podiam para defender as suas instituições."
Ao fim de quase meio ano, como é que avalia a mudança de liderança de presidência do FC Porto?
"Da experiência pessoal, muito positiva. Para o futebol português, também muito positiva. Também tenho que lhe dizer que nós, o Sporting – e esse acho que é o nosso segredo –, os valores estão na base do nosso sucesso. A dignidade, a integridade, o desportivismo, para nós estão acima de qualquer título ou acima de qualquer conquista.Também é verdade que na nossa história o Sporting se desviou recentemente desses valores. Mas a verdade é que foi o Sporting também a expelir e a resolver esse problema. Mas nós não negamos essa fase, independentemente das conquistas e dos feitos dessa fase, nós não elogiamos publicamente essa liderança, porque eu acho que tem que existir alguma coerência moral. Ou seja, se preconizo, se adoto e divulgo que nós agimos sob determinados valores e transparência, então não faz sentido elogiarmos publicamente quem representa o oposto disso tudo.!
O Sporting perdeu porque os adversários diretos viciaram o jogo? Ou também perdeu porque os adversários diretos viciaram o jogo?
"Algum português, ao ouvir as escutas do Apito Dourado, tem dúvidas do que é o Pinto da Costa? E agora há um assunto mais recente. Vi, entre as linhas, que um agente, um segundo agente, vai ser acusado por corrupção ativa dos jogadores do Marítimo para perderem contra o Benfica. Já reparou como o caso do César Boaventura era um caso extraordinário, um caso de amor, onde um empresário decide gastar centenas de milhares de euros para corromper um clube, um jogador, para favorecer o Benfica. E agora apareceu um segundo, isto é ainda mais extraordinário. E de facto, para mim é claro, houve um período do Apito Dourado, onde, volto a dizer, Pinto da Costa tinha toda a sua teia, toda a sua estrutura montada, e mais tarde aparece um Luís Filipe Vieira, onde, talvez cansado de investir e não conseguir ganhar, faz uma 'portização' do Benfica, onde vai buscar pessoas que toda a gente conhece, nomeadamente esta pessoa que é denominador comum em todos os processos, Paulo Gonçalves, fez parte da sociedade do Porto, curiosamente foi para o Boavista, onde o Boavista foi campeão, curiosamente sai do Boavista quando o Boavista desce de divisão no caso Apito Dourado e ele passa entre os pingos da chuva, e o Vieira vai buscá-lo. E é preciso pôr os nomes aos bois. E obviamente, e eu aqui não desresponsabilizo a culpa, a falta de competência, porque houve do Sporting, mas houve aqui muita viciação do jogo. E obviamente, enquanto presidente do Sporting, não digo isto por querer acicatar guerras entre os dois, não, eu digo isto porque é o meu dever enquanto presidente do Sporting e proteger os direitos do Sporting."
Mas muitos dos atuais dirigentes do Benfica fizeram parte do tempo em que Luís Filipe Vieira era presidente. Iliba-os?
"Esse julgamento será feito pelos sócios do Benfica, pelos adeptos do Benfica, essa parte não me diz respeito, diz respeito sim, enquanto presidente do Sporting garantir que se faça justiça. E nós acreditamos que durante estas décadas não houve verdade desportiva. "
E acredita que se vai fazer justiça para terminarmos o assunto?
"Digo-lhe como respondi, tenho muitas dúvidas. Tenho muitas dúvidas, embora há sempre a esperança quando vejo países lá fora, como Itália, vejo uma Juventus que desceu de divisão, vejo ainda agora recentemente na Premier League clubes a perderem pontos. Mas também entendo a dificuldade do Ministério Público em conseguir provar. Agora, uma coisa é o que é provado, outra coisa é o que para um português com dois dedos de testa sabe bem o que se passou."
Pode garantir aos adeptos do seu clube que acusações como estas, de que é alvo o Benfica, nunca acontecerão ao Sporting da sua presidência?
"Se isso acontecesse, eu seria uma fraude para o Sporting. Mas mais que para o Sporting, eu seria uma fraude para mim enquanto pessoa e para os meus"
Vamos agora voltar a outro tema da atualidade. O Benfica tem sido associado a vários casos de corrupção, fraude, viciação de resultados. É verdade que estamos na fase de acusação. Não há trânsito em julgado, mas o Federico Varandas olha para isto seguramente com particular atenção. Acredita que o Benfica pode ser suspenso?
Hoje acredito pouco. Hoje acredito pouco.
Porquê?
"Pelo que eu vi do futebol português, como adepto, como diretor clínico e hoje como presidente. Penso que, independentemente da decisão judicial que venha a acontecer, é inegável que a mancha está lá. É inegável. E isto é mais um sinal, mais uma confirmação do que vem a ser o segundo período negro do futebol português. Houve um período negro chamado o Apito Dourado. Hoje, não sei se vai ser recordado como o caso dos e-mails ou não, mas é verdade que são duas fases negras do futebol português e onde não há que ter medo de dizer que esses dois períodos têm dois rostos: Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira. Está claro. E, de facto, hoje penso que estes casos que vêm, são patentes do que todas as más práticas, toda a falta de ética que esteve aqui durante anos e anos e anos. E atenção, eu reconheço que há muita culpa própria do insucesso do Sporting nestes 40 anos. Mas isto é a prova, para mim, porque o Sporting acredita nisto, que o jogo estava viciado à partida. E era muito difícil."
Estamos aqui sentados nas bancadas do renovado estádio de Alvalade. A sua relação inicial com as claques, aquela demarcação que o seu mandato trouxe, foi o primeiro carimbo de liderança barra autoridade que trouxe ao clube ou não?
"Sabe, a mim não me preocupa muito a relação que as claques têm comigo. Preocupa-me, sim, a relação que as claques têm com o Sporting. E quando nós chegámos aqui não podia haver quem quer que fosse que estivesse acima do Sporting, do que é o melhor para o Sporting. Seja uma claque, seja um grupo de sócios, seja quem for. E teve que ser feito o que nós entendíamos ser o melhor para o Sporting, para defender o Sporting. As consequências disso... depois se ficam a gostar muito de mim, a gostar pouco de mim, ou se põem para o lado, mais uma vez é para o lado que durmo melhor."
Tem havido, segundo julgo, alguma cooperação entre o Sporting e o Manchester City, algumas sinergias? É provável que o City entre de forma expressiva no capital da Sporting SAD?
"A primeira parte é totalmente verdade. Nós temos uma ótima relação com a administração do City Group, não só a nível desportivo mas também a nível do CEO e administração. Mas não, essa segunda pergunta nunca foi tema entre o City e o Sporting. O Sporting já foi claro no plano estratégico e o que é que nós pretendemos, mas não está identificado qualquer parceiro, até o momento."
Houve aqui, naturalmente, mudanças na estrutura e também houve algumas vozes em público a dizerem que podemos ter um presidente do Sporting que acumule com as funções de diretor desportivo. As coisas vão ser diferentes ou não?
"A estrutura será diferente, o resultado será o mesmo. Ficou muito claro que vamos ter um diretor geral e um diretor de scouting barra diretor técnico. O diretor geral será sempre o profissional de toda a máquina e depois o diretor de scouting/diretor técnico, será a pessoa que continuará a fazer o que fazia e também aconselhará como braço direito o treinador na elaboração do plantel, juntamente com o presidente. Nada se alterou em relação."
E não entra aqui nenhum jogador sem a palavra final do presidente?
Nenhum.
A resposta foi interessante, mas não respondeu à minha pergunta. O Rúben Amorim será mais facilmente convencido por si a continuar ou mais facilmente convencido pelo Hugo Viana a voar para o norte da Inglaterra?
"Hoje temos uma relação de amizade, os três. Hoje é um facto que Rúben Amorim tem contrato com o Sporting até 2026 e hoje é um facto que o Hugo Viana, para o ano, será o diretor desportivo do Manchester City. Amizades, amizades, clubes à parte. O caminho segue e para mim isso não é um assunto. Eu vivo do que eu controlo e do presente e do futuro."
O que vê para o futuro? E por isso tem um plano B, já para uma eventual saída do Rúben Amorim, como teve um plano B para a organização da direção desportiva do Sporting?
Hoje, dá-me um certo gosto pessoal ver muita gente a alertar, de uma forma até certa dramática, para a saída do Hugo Viana, etc. Gosto de relembrar que essas pessoas há seis anos criticavam o Hugo Viana, porque não sabia fazer planeamentos, não sabia organizar o plantel, etc. Fico muito reconhecido, até pelo Hugo, essas pessoas hoje, sem o dizerem publicamente, é uma certa confissão que estavam enganadas. O que eu lhe posso garantir, e o Hugo Viana naquela altura tinha trabalhado poucas semanas como diretor desportivo do Belenenses, é que nós acreditámos no Hugo Viana e eu sabia o potencial que ele tinha. Da mesma forma que as pessoas que o vão substituir, eu tenho a certeza que daqui a quatro, cinco anos está a vir um City da vida a querer contratá-los. Isso eu também não tenho qualquer dúvida.
Estamos a falar de Rúben Amorim. Se no final da época tiver de perder um de dois, e esses dois forem Rúbe Amorim ou Gyokeres, o que é que prefere?
"Sabe que uma das maravilhas de ser adepto e sócio é poder desfrutar do presente. Eu não desfruto o presente, o nosso papel, enquanto administradores, é estar a viver no futuro, e eu quando estou a viver no futuro, estou já há vários anos preparado para pensar: se aquela peça sair, que peça vai entrar? Com uma garantia: para mim, a qualidade do processo de trabalho interno tem que se manter. Por isso, quando é que vou perder Rúben Amorim? Se é este ano, se é para o próximo... Eu ouço esta pergunta há mais de 4 anos e acho que isto devia ser motivo de orgulho para todos os sportingistas, e até para toda a comunicação social, e podem questionar-se como é que um dos melhores treinadores do mundo está há 5 anos no Sporting, isso é que é fantástico. "
Não respondendo, continua a dizer-me que a peça principal das suas peças todas é Rubén Amorim?
"O treinador passa sempre numa estrutura onde todas as peças são importantes, é a peça mais importante daquela estrutura, é a minha concepção."
Há uma cláusula de rescisão (100 M€) no caso do Gyokeres, e isso há de ser, seguramente, importante para si, foi por isso que a fixou, não que um ser humano tenha um valor, mas um jogador de futebol tem uma cláusula de rescisão. É impossível o Gyokeres sair no mercado de inverno?
"Eu diria que é muito, muito, muito difícil, impossível, não há na vida, agora eu diria que é muito, muito, muito difícil."
Mas quantos mais golos marcar, mais próximo pode estar de sair, não é?
Já marcou muitos, continua a marcar, seria muito, muito, muito difícil, muito difícil.
Ainda se lembra como é que era contratar um jogador em 2018 e 2019 e como passou a ser, não diria só esta época, mas desde 2022, 2023?
"Lembro-me bem que para fechar o Nuno Santos, estamos a falar de um valor de 3,5 milhões de euros, foram quase cinco dias para fechar o negócio. E o Rio Ave, e o seu presidente da altura, exigia garantias do pagamento do IVA, isto é para as pessoas perceberem a credibilidade que o Sporting tinha, aliás, não tinha à data, não tinha. Esta era a dificuldade que tínhamos só para contratar um jogador de 3,5 milhões de euros. Foi um longo percurso para chegar até hoje."
A dupla Frederico Varandas-Rubén Amorim, em 2024, representa no futebol português o que representou a dupla Pinto da Costa-José Maria Pedroto, no final dos anos 70 e começo dos anos 80?
"Um dos exercícios que eu faço para mim mesmo, desde que sou presidente do Sporting, é ligar muito pouco ao que dizem de mim. Já fui insultado de tudo, durmo bem com isso, mas, de facto, essa comparação com o senhor Pinto da Costa e José Maria Pedroto, se calhar, está a um nível mais difícil de superar. Não por falta de inteligência, não por falta de competência, não por astúcia, mas sim por uma razão muito simples, do meu ponto de vista, e não quero magoar ninguém. Para mim, toda a competência que uma pessoa possa ter, toda a inteligência, vale zero se é uma fraude, se não for alicerçada em valores, em ética. E por isso, para mim, na minha conceção seria horrível se eu fosse comparado a esse presidente. Em relação à comparação Rubén Amorim-Pedroto, isso não me diz respeito, isso é mais para o Rubén Amorim responder"
Contratar Rubén Amorim foi a decisão mais marcante da sua presidência, foi um acto racional ou foi uma loucura? Foram 10 milhões que aceitou pagar...
Foi um acto 100% racional. E quando muito se elogia Rubén Amorim também muito se critica o que estava para trás. E hoje, que já estamos com quase seis anos de distanciamento dessa fase, posso dizê-lo.
Mas hoje é fácil aplaudir, o que eu digo é, era um treinador com enorme potencial, não era um consagrado, e era preciso pagar 10 milhões, não é?
Era, mas ele também teve a coragem de aceitar. Posso dizer aqui, sem qualquer problema, que Leonardo Jardim, Abel Ferreira, Rui Jorge, Quique Setien, Unai Emery, com quem o Viana tinha uma ótima relação, todos, por diferentes razões, agradeceram, mas não queriam vir. Estamos a falar de 2018 a 2020, e de facto, em 2020, quando desponta Rubén Amorim, e temos, do ponto de vista racional, a decisão mais acertada no nosso entendimento, o Amorim não hesitou, ao contrário dos outros. E aí eu também tenho que reconhecer a coragem de um jovem treinador, que viria, teoricamente, para um cemitério de treinadores
Vamos olhar pelo retrovisor da memória e olhar para 2018, 2019. gostava que me dissesse quais foram aquelas duas, três medidas que foram decisivas no arranque para que o Sporting não morresse?
"Eu resumia essas três medidas, numa só: fazer o que era necessário fazer pelo clube. Não pensarmos em nós, na Direção, Administração, e pensarmos o que era, de facto, necessário fazer pelo clube. E isso foram as medidas."
Mas o clube estava no caos...
"Sim. Utilizou o termo refundação, eu não sei se é também demasiado forte, mas de facto hoje vivemos uma fase que eu, em 45 anos, nunca vivi e pessoas mais velhas também têm dificuldade em se lembrar. E, de facto, estamos, por factos: falando nos últimos quatro anos, vencemos dois títulos nacionais, várias taças; nos últimos cinco anos quatro vezes o clube deu lucro, o único ano que não deu lucro foi em ano de Covid. Recuperámos o clube financeiramente, recuperámos e garantimos a maioria do capital da SAD, investimos e requalificámos o património, investimos no estádio e academia como nunca antes, e temos o maior número de sócios de sempre com quotas em dia. E hoje, para este estádio, mais de 8 mil pessoas estão em espera para adquirir um lugar, por isso, de facto, lembrando o ponto de partida e pensando que apenas passaram seis anos, de facto o trabalho da minha equipa é extraordinário."
A RTP 3 transmite este domingo à noite uma entrevista, gravada anteriormente em Alvalade, ao presidente do Sporting, Frederico Varandas
Ao início da noite, a RTP revelou um "teaser" com passagens da entrevista, na qual Varandas refere-se a Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira
"Houve um período negro chamado Apito Dourado. Hoje não sei se vai ser recordado como o caso dos Emails, ou não, mas a verdade é que são duas fases negras do futebol português e onde não há que ter medo de dizer que esses dois períodos têm dois rostos: Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira. O jogo estava viciado à partida. Que era muito difícil. Era muito difícil"
"Pinto da Costa tinha toda a sua teia, toda a sua estrutura montada. E mais tarde aparece um Luís Filipe Vieira, onde talvez cansado de investir e não conseguir ganhar faz uma ‘portização’ do Benfica, onde vai buscar pessoas que toda a gente conhece".
"Paulo Gonçalves é um denominador comum em todos os processos. Fez parte da sociedade do Porto, curiosamente foi para o Boavista, onde o Boavista foi campeão. Curiosamente sai do Boavista quando o Boavista desce de divisão no caso Apito Dourado, e ele passa entre os pingos da chuva. E Vieira vai buscá-lo"