Amorim: "Barcelona? Eu só quero ser experiente para ser treinador do Sporting..."
Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, após a goleada na receção ao Braga, 5-0, na 21.ª jornada da Liga Betclic
Corpo do artigo
Deco considerou-o inexperiente para treinar o Barcelona. Custa mais ouvindo de fora? “Não, nada. É um facto e eu só quero ser experiente para ser treinador do Sporting, enquanto os meus não se lembrarem que sou inexperiente e só tenho quatro anos [de treinador] esse é o meu objetivo. Voltar a ganhar títulos com o Sporting, porque já lá vai um tempo e esse é o único foco que eu tenho.”
Esta é a melhor fase desde que está no Sporting? “Em relação ao tempo que estamos cá, obviamente que os números dizem isso, deve ser a fase em que criamos mais oportunidades, acho que é claramente mérito dos jogadores, porque temos um maior número de jogadores talentosos na frente, juntos e com mais tempo de treino. O treino, juntamente com o talento, dá este resultado. O importante é não parar e continuar a crescer como equipa.”
Está a provar que há plantel e que é possível fazer alterações sem prejuízo do resultado? “Tem de haver plantel se queremos seguir em todas as provas. senão os jogadores não aguentam. Nós temos tido três dias entre jogos, conseguimos fazer. Aqui ou ali sente-se uma diferença no ritmo do jogo, mas nós conseguimos gerir o jogo em si, mesmo com a fadiga. Vai passar a dois dias, é impossível jogarem os jogos todos, para terem rendimento alto, para não poderem falhar um dia. O Geny é prova disso, o Esgaio é prova disso, o Marcus, o Trincão, o Paulinho, o Viktor… Toda a gente tem de estar preparada para jogar e para ganhar os jogos. Características diferentes também dificultam a vida aos adversários.”
É suposto os centrais subirem como o Quaresma subiu? “O Coates, devido às marcações individuais, se toda a gente está com o seu jogador, ele tirando o jogador dele, parecia que toda a gente se estava a afastar do lance, portanto ele tem de continuar a jogar, porque ele não tem qualquer linha de passe. Ele tem essa capacidade, está cada vez melhor e levou a bola. O Quaresma muitas vezes era o jogador livre e nós já o vimos fazer estas coisas. É muito dele, faz isto desde miúdo e portanto nada com o treinador. É muito a capacidade dele. E a qualidade individual dele quando carrega a bola é muito boa. Não se vê muito mas é uma característica que eles têm de ter, porque muitas vezes nas equipas grandes os centrais são os organizadores de jogo, porque o resto está tudo marcado e não tem espaço entre linhas. É uma característica que eles têm e nós precisamos muito.”
Geny à direita, Nuno Santos à direita. Confiança em ter as duas opções mais ofensivas a jogar ao mesmo tempo? É a melhor dupla de alas do Sporting neste momento? “Não sei, depende do jogo. Os nossos dois laterais tinham de saltar muito para a frente, precisam de ter uma capacidade física diferente e também têm de ser, em certos jogos, mais fechados. Em jogos de homem a homem têm de ter capacidade no um a um para desbloquear o jogo. Foram essas características. Não posso dizer que num jogo diferente eles sejam os melhores para o jogo. É uma questão de confiança e entendimento de jogo do treinador para perceber que às vezes não é preciso equilibrar de um lado ou outro, simplesmente dar-lhes as tarefas. O Nuno Santos já faz isto há mais tempo, se calhar já pode ser o lateral mais baixo a defender num 4x4x2, é um crescimento dos jogadores, o treinador e a confiança da equipa.”