Kiki Afonso, que trabalhou com Álvaro Pacheco no Vizela durante três épocas e meia, indica as características que fazem do treinador um líder capaz de unir o grupo. O presidente António Miguel Cardoso disse que o novo técnico tem competência para recuperar a liderança que estava a enfraquecer com Paulo Turra. O lateral não duvida de que assim será.
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Kiki Afonso foi um dos jogadores com quem Álvaro Pacheco trabalhou mais tempo no Vizela, clube que conduziu do Campeonato de Portugal à I Liga em apenas duas temporadas. O agora jogador dos russos do FK Ural diz que o novo treinador do Vitória de Guimarães o "ajudou muito" nas três épocas e meia em que o orientou. "Mudou muita coisa em mim", conta a O JOGO.
"Se calhar, tinha o pensamento errado antes de o conhecer. Comecei a confiar mais em mim e passei a não arranjar tantas desculpas ou a achar que o mal estava nos outros. A ideia é focarmo-nos mais no nosso trabalho. Mudou muito a minha maneira de pensar e acredito que também vai mudar os jogadores do Vitória, principalmente os mais novos", projeta, defendendo que "tudo depende de quererem aceitar as novas ideias". "Se o receberem de braços abertos, podem evoluir tanto como eu para, um dia, dizerem que foi um marco importante na carreira. A mim marcou-me e acredito que marcará muitos outros jogadores", perspetiva o defesa.
Na apresentação do treinador, o presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, sublinhou a capacidade de liderança de Álvaro Pacheco, algo que Kiki corrobora. "Um dos pontos fortes é, de facto, a liderança. Outro é tentar perceber como é cada jogador. Está sempre muito atento a todos os pormenores e ao bem-estar dos jogadores porque, como ele dizia muitas vezes, se o futebolista não estiver bem mentalmente não poderá estar bem fisicamente para ajudar a equipa da melhor forma", revela o jogador que fez 86 jogos sob a orientação de Pacheco, com argumentos para sustentar esta tese. "Tem capacidade de motivar e de unir os jogadores. Além disso, preocupa-se em unir quem joga e também quem não joga, o que é sempre mais complicado. Sempre tivemos grupos muito fortes, todos remavam para o mesmo lado, jogassem ou não, e isso devia-se muito ao treinador. O nosso sucesso deveu-se bastante a essa qualidade de ter toda a gente motivada e a 100 por cento", recorda.
Desafio à altura de um treinador talhado para percurso brilhante
Pelo muito tempo que trabalhou com Álvaro Pacheco, Kiki Afonso não tem quaisquer dúvidas que o técnico está mais do que preparado para um clube da dimensão do Vitória, "com uma massa associativa muito exigente". "É um desafio à altura do míster Álvaro Pacheco. Conheço alguns jogadores do plantel e pessoas que trabalham no clube e acho que tem tudo para fazer um percurso brilhante", aponta o lateral. "Tudo depende dos resultados e de como vão começar a correr as coisas, mas se o trabalho for bem feito, como acredito que será, terão sucesso", defende.
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