Declarações de Álvaro Pacheco, treinador do V. Guimarães, em antevisão à visita ao Estoril, no sábado (18h00), a contar para a 24.ª jornada da I Liga
Corpo do artigo
Saída de André Silva para o São Paulo: "São as leis do mercado. Deve-se à qualidade e ao desempenho dos nossos jogadores e isso faz com que sejam apetecíveis para outros clubes. Não gostava de perder nenhum jogador, mas eu e a nossa Administração estamos em sintonia, sabemos a importância do projeto e da saúde financeira do clube para o Vitória estar mais forte. Estamos sempre a trabalhar em equipa e sabemos aquilo que é o melhor para o clube. O que sei é que, quando perdemos algum elemento da nossa equipa, alguém de quem gostamos, temos tendência a unirmo-nos. Tenho a certeza que a nossa equipa vai ficar muito mais forte e que vão surgir oportunidades para outros elementos com quem tenho vindo a trabalhar e em quem confio muito. Agora vão ter oportunidade de desfrutar e de se divertirem a jogar pelo Vitória”.
Nélson Oliveira e Butzke ainda não marcaram: "Temos tendência a avaliar as situações de quem ganha e quem perde ou se faz golos ou não faz golos. Para mim, o mais importante é o processo, a forma como eles treinam, o rendimento que têm durante a semana e o crescimento que têm evidenciado neste percurso. Em relação a estes dois jogadores [Nélson Oliveira e Butzke], a forma como têm treinado e a evolução que têm demonstrado, não só a nível desportivo como físico, principalmente o Nélson, são dois jogadores que me dão confiança e tranquilidade para os próximos desafios”.
Regresso ao Estoril: “[Amargo de boca pela saída do Estoril?] Não, nada. Isso não tem a ver comigo. Sinto muito carinho pelo clube, pelos adeptos e por todas as pessoas que trabalharam comigo. Fui muito bem recebido. Aquilo que sei é que amanhã são meus adversários. Nesse sentido, vou querer ganhar. Vai ser um jogo difícil, até porque eles jogam em casa e querem regressar às vitórias, e nós temos de estar focados para sermos capazes de contrariar essa vontade que eles têm”.
Jogo aberto: “O Vitória e o Estoril são duas equipas de cariz ofensivo e que vão querer regressar às vitórias. O Estoril é uma equipa que também mete muitos jogadores no seu processo ofensivo, com o Rafik e o João Marques no jogo interior e a aproveitar os espaços entre linhas. É uma equipa que atrai a pressão para aproveitar a profundidade e aceleração do jogo, não só pelos laterais, o Tiago Araújo e o Rodrigo Gomes, como o ponta-de-lança. É uma equipa com uma equipa com uma ideia vincada. Vamos ter um bom desafio para voltarmos a ser Vitória. Temos de perceber que tipo de jogo vamos ter, tendo também em atenção um fator determinante, o tempo, porque, naquele estádio, havendo vento, o jogo torna-se diferente. Temos de ser muito fortes, determinados, comprometidos e audazes. Não ganhámos nenhum dos últimos três jogos, mas olhando para o rendimento dos nossos jogadores, temos jogos que merecíamos ter ganho e, noutros casos, perdemos e não merecíamos. Tempos de arranjar soluções para as adversidades, focados naquilo que temos de fazer”.
Braga mais longe, Moreirense mais perto: “Quem está nesta casa, quem é do Vitória e quem conhece a grandeza deste clube sabe que a pressão existe e que é sempre para ganhar. Temos de saber aquilo que temos de fazer, melhorando o nosso equilíbrio, o espaço entre linhas a nossa agressividade defensiva, a capacidade de manter o nosso jogo posicional ofensivo, mantendo a nossa serenidade e tranquilidade nas zonas de finalização. O foco tem de estar em nós e na forma como podemos continuar a crescer e a evoluir”.
Conhecimento mútuo: “Não há vantagens e desvantagens [por conhecer bem o plantel do Estoril]. Há é o conhecimento da qualidade dos jogadores do Estoril. Sei que amanhã temos de ser Vitória e temos de estar ao nosso nível”.