Alex Tanque foi o único jogador a marcar nas primeiras duas jornadas, ajudando a equipa a ascender ao topo. O avançado do Canelas voltou aos gaienses em janeiro, após uma primeira passagem feliz, que culminou com a subida à Liga 3, em 2020/21, período em que já se tinha destacado com 13 golos.
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Alex Tanque foi o único jogador da Liga 3 a marcar nas duas primeiras jornadas, sendo decisivo para o Canelas vencer o Anadia (3-2) e a Sanjoanense (2-0). Desta forma certeira, ajudou a equipa a ascender ao topo da classificação da Série A, em igualdade pontual com o Varzim. O avançado regressou em janeiro aos gaienses, assinando quatro golos em oito jogos, isto depois de, em 2020/21, ter tido uma primeira passagem feliz pelo clube (13 golos e duas assistências). Garante que não luta para ser o melhor marcador desta prova, até porque lembra que também gosta de assistir os companheiros. Em resumo, diz, o mais importante é o sucesso coletivo.
Na primeira jornada deu a vitória ao Canelas nos descontos e nesta abriu caminho a um novo triunfo. Sente que está de pé quente e já ansioso para que chegue a próxima jornada?
-Sinto-me confortável, bem fisicamente e confiante. Temos uma boa equipa, muito forte na frente e sólida atrás. Por isso, vamos com grandes expectativas para o próximo jogo [Felgueiras].
Foi o único jogador a marcar nas duas primeiras jornadas. Um dos seus objetivos é tentar ser o melhor marcador desta Liga 3?
-Não penso muito em ser o goleador. Penso em conseguir levar o Canelas para um patamar mais alto, que é ficar entre os quatro primeiros, e depois tentar o acesso à II Liga.
O Canelas lidera, a par do Varzim, a Série A. Que avaliação faz ao desempenho da equipa?
-Foram dois jogos importantes. No primeiro, conseguimos a vitória nos descontos [Anadia 3-2]; no outro, estivemos mais sólidos, não sofremos golos, o que também é importante [Sanjoanense 2-0]. Tivemos um bom começo de época e espero que nos mantenhamos assim.
Em relação ao ano anterior, houve muitas mexidas. Sente que a equipa está mais forte?
-O outro plantel também era competitivo. Mantivemos cerca de metade da equipa e chegaram vários reforços. Vieram muitos miúdos com talento e acredito que vamos ser competitivos, como sempre fomos nos últimos anos. Somos uma família dentro de campo. Esse é o nosso grande ponto forte e faz com que sejamos diferentes das outras equipas. O grande objetivo é ficar nos quatro primeiros e depois tentar o acesso à II Liga.
Foi uma vantagem terem mantido o Pedro Lomba no comando técnico?
-Ele veio na segunda metade da época passada e fez um bom trabalho. Agora tem uma época inteira para trabalhar e tenho a certeza de que vamos conseguir chegar a um patamar alto. É um treinador com caráter, dedicado, sincero, tem boas ideias e é muito positivo. Em termos de tática, costumamos oscilar entre o 3x5x2 ou 3x4x3, dependendo do adversário.
Depois dos 13 golos pelo Canelas em 2020/21, este ano traçou alguma meta?
-Esses foram bons números, mas não tenho uma meta específica. Penso sempre jogo a jogo. Claro que é importante para o ponta-de-lança fazer golos, isso traz mais confiança e ajuda a equipa, mas o principal é procurar sempre a vitória. Sou um jogador móvel, forte no último terço, ao nível do drible, assistências e finalização.
Que sensação lhe deu este arranque de época e quem aponta como favoritos à subida?
-Estive fora [Angola e Polónia], mas acompanhei sempre o percurso do Canelas na Liga 3. Pelo que vi das primeiras jornadas, esta competição é bastante equilibrada e forte. Está cada vez a profissionalizar-se mais e isso é bom para o futebol português. Os maiores favoritos são os que investiram mais em contratações. Se tivesse de apontar nomes, diria o Varzim e Lourosa.
Como se avalia enquanto jogador e quem são as suas referências?
-Sou um avançado móvel, que trabalha para a equipa. Identifico-me bastante com o estilo do Benzema pelas características dele, ao não ser só um jogador só de área. Mas, os principais ídolos são Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar.
Curiosidade pela Ásia e a nega dada a um convite do Líbano
Alex Tanque passou por oito clubes brasileiros antes de chegar a Portugal, ao Coimbrões, em 2019/20. Da experiência da sua terra natal, o brasileiro, de 29 anos, destaca a passagem pelo Sergipe e o Boca Júnior- SE, onde foi companheiro do lateral-esquerdo e amigo Neto Borges, que jogou no Tondela e atualmente está no Clermont (França). Depois, evidenciou-se no Canelas e deu o salto para a II Liga polaca (Sosnowiec), tendo passado também pelo Sagrada Esperança (Angola), antes de regressar aos gaienses. "A Polónia foi uma boa experiência, apesar de não falar muito bem inglês e de ser muito frio. Em Angola senti mais dificuldades, tive menos oportunidades e não hesitei quando surgiu o convite do Canelas", confessou o avançado, admitindo que recusou uma proposta do Líbano. Tem curiosidade de um dia jogar no continente asiático.