Documento de alteração não substancial de facto não pronuncia arguidos sobre autoria moral dos crimes cometidos a 15 de maio de 2018, tal como pedido pelo Ministério Público
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Bruno de Carvalho, Nuno Mendes (Mustafá) e Bruno Jacinto dificilmente serão acusados de qualquer autoria moral no caso de Alcochete, que data de 15 de maio de 2018.
Ao que O JOGO apurou, o coletivo de juízes, liderado por Sílvia Pires, não pronunciou nenhum dos arguidos no despacho de alteração de factos não substanciais, que reduz a acusação inicial do Ministério Público (MP) de 143 para 19 páginas.
A 11 de março, o MP tinha já pedido a absolvição precisamente destas autorias morais, considerando, no caso do antigo presidente do Sporting, que não ficou provado que desse qualquer instrução para os acontecimentos de há dois anos, muito menos que tenha incitado à violência, algo que também versa agora neste recente documento.
Neste momento, os indivíduos que foram notificados, a maioria por autoria material de crimes, tem a oportunidade de juntar prova complementar ao processo, cujo acórdão deverá ser lido a 28 de maio, apesar do Tribunal ter adiado oficialmente essa mesma leitura, consequência da pandemia pela covid-19.