Garantido pelo Benfica para as próximas cinco épocas, Conti não esconde a vontade de viajar para Portugal com a maior brevidade possível e espera aprender com o histórico capitão das águias.
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Germán Conti, de 23 anos, está garantido pelo Benfica e só espera pela oficialização do acordo entre o Colón e os encarnados para poder viajar para Lisboa e começar a instalar-se no clube onde jogará cinco temporadas. A O JOGO, o central confessa querer seguir os passos de Salvio, Cervi, Di María, Enzo Pérez ou Gaitán, argentinos com sucesso na Luz.
O que significa para si poder jogar no Benfica?
-Jogar no Benfica é dar um passo em frente na minha carreira porque se trata de um grande clube de Portugal e da Europa. Conheço o seu poderio a nível interno e sei que disputa sempre as grandes competições europeias, o que é um sonho de qualquer jogador de futebol.
Em que momento da sua carreira surge esta oportunidade?
-Numa fase em que me sinto pronto para dar um salto desta dimensão. Felizmente chegaram propostas ao clube, o que comprova que tenho estado a fazer bem o meu trabalho e que, por isso, puseram os olhos em mim. Agora é ver confirmar-se o esforço dos clubes num acordo.
E já procurou informações sobre o Benfica?
-Falei com o Alan Ruiz [colega no Colón, emprestado pelo Sporting] sobre o futebol português e ele disse-me que a liga é discutida entre Benfica, Sporting e FC Porto, sendo que o Benfica tinha ganho os quatro campeonatos anteriores [antes do recente triunfo do FC Porto]. Sei que jogam lá Salvio e Cervi, ambos muito talentosos, e que passaram outros argentinos que deixaram marca no clube. Eu também quero que isso me aconteça e que possa deixar marca no Benfica.
O Benfica foi o trampolim de jogadores como Di María, Gaitán ou Enzo Pérez. Espera seguir o mesmo caminho?
-Primeiro quero ver a transferência fechada para então pensar no que será o meu percurso no Benfica. Quero ir para a Europa, disputar as provas continentais e somar títulos no clube.
Fazendo uma autoanálise, quais são as suas principais características?
-Gosto de jogar com a bola pelo chão e não tenho dificuldades em defender homem a homem, em cima, sempre que necessário, o que é algo que certamente sucederá no Benfica, pois é uma equipa que quer ganhar em todos os campos e perante qualquer adversário. Se tivesse de apontar a minha maior virtude como jogador, teria de dizer que é o cabeceamento e saber fazer marcação enquanto recuo no terreno ou quando vou às dobras nas laterais. Não tenho receios em sair da zona defensiva.
Mudando de assunto, quais foram os treinadores que mais o marcaram?
-Diego Osella e Paolo Montero [ambos o orientaram no Colón]. O primeiro porque me deu confiança e me lançou no futebol profissional, trazendo-me da formação (juniores), o segundo porque me fez corrigir alguns aspetos do meu jogo na posição de central e me deu muitas ferramentas que fui usando e me possibilitam estar agora onde estou. Foi com Montero que ganhei a confiança para sair a jogar e com quem aprendi a fazer a marcação deixando espaço atrás de mim. Com ele, o Colón passou a jogar mais adiantado e com os jogadores mais próximos, o que nos deu maior responsabilidade.
Aprender com Luisão mas com estilo de Puyol
Já de olhos na Luz, Conti sabe que poderá vir a ter um "professor" especial: Luisão. "Alan Ruiz disse-me que Luisão é um enorme futebolista com o qual poderei aprender muito e que me pode ajudar bastante, fazendo parelha na defesa", afirma o central, que tem duas grandes referências. "Há o Fabián Ayala, com a sua impulsão, tanto na marcação como no ataque, e Fabio Cannavaro, o melhor defesa que vi e com quem me identifico pelo carácter", diz Conti, frisando que "ambos eram um pouco mais rápidos" do que ele. "Sou mais parecido com Puyol, embora menos assente no físico", refere.