Xande Silva trabalhou com o líbio na primeira época em Guimarães, onde foi treinado por Vítor Campelos, treinador do Chaves. E eis o primeiro reencontro como adversários.
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Al Musrati vai reencontrar pela primeira vez o técnico Vítor Campelos, que foi o primeiro que o trabalhou em Portugal, a partir da chegada do médio líbio ao Vitória na época 2016/17.
Jogando pela equipa B dos vimaranenses, o centrocampista não ganhou a expressão que desejava fazendo apenas 13 jogos com Campelos entre 2016/17 - 3 jogos, e 2017/18 - 10 jogos.
O agora craque do Braga não triunfou em Guimarães, acabou, sim, por conquistar todo o relevo internacional em Braga, onde é peça fundamental pela terceira época consecutiva. Nunca teve oportunidade de defrontar Vítor Campelos, pois falhou o jogo da primeira volta com o Chaves por lesão. Quem se lembra da chegada do líbio a Portugal e recorda as suas dificuldades em Guimarães é Xande Silva, filho do malogrado Quinzinho, extremo hoje em alta rotação nos franceses do Dijon, 2ª Divisão, após passagens por West Ham, Aris e Nottingham Forest nas últimas épocas.
"Hoje não tem nada a ver com esse jogador que chegou a Guimarães. Era apenas agressivo, essa era a marca. Melhorou em tudo, rendimento, confiança no que faz, a circulação. É sempre muito acertado. No meu entender é uma máquina!", elogia Xande Silva, reconhecendo o difícil entrosamento do africano em Portugal.
"Sentias imensas dificuldades de expressão com a malta, era mais tímido, de ficar no seu canto. Não transmitia muita confiança, arriscava uns sorrisos com alguns, comigo por exemplo, mas já era mais fechado com outros. Falar só falava com o tunisino Marouane, entendiam-se em árabe. Também não senti que o treinador puxasse muito por ele, naquele universo dos bês são muitos jogadores e não vi essa abordagem específica ao Al Musrati", lembra Xande Silva, afastando qualquer motivação especial para a visita a Chaves.
"Não tem de mostrar nada, toda a gente já sabe o jogador que é. Vai dar o seu melhor", disse, admirado pelo líbio ainda não ter deixado Braga.
"Sinceramente não sei como não saiu. Está um enorme jogador, no auge das suas qualidades. Não sei o que falhou com o Benfica. Mas ele merece muito melhor, sem desfazer o Braga", confidencia o extremo português, aconselhando também Inglaterra ou França, países onde tem atuado. "Não tenho dúvidas que encaixaria em qualquer boa equipa destes campeonatos. Se encaixou em Portugal perante tantas dificuldades, agora com toda esta qualidade e consistência, jogará tranquilamente onde o quiserem", demonstra.