Patrício recorda agressões, diz ainda acordar em sobressalto e aponta ausência de Geraldes
Ataque do dia 15 de maio é um dos pontos abordados pelo guarda-redes na carta de rescisão.
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Na carta de rescisão apresentada por Rui Patrício, e à qual O JOGO teve acesso, o guarda-redes garante sentir falta de segurança, que tem receio em voltar à Academia e, claro está, recorda as agressões do dia 15 de maio, antes da final da Taça de Portugal. "Ainda hoje, acordo de noite, em sobressalto, com as imagens de horror que retive e que revejo e não consigo pensar em voltar àquele local", surge escrito. "Tememos pela nossa vida. A partir de determinada altura, o descontrolo era tal que senti que podia não sair dali com vida", garante o guardião.
Patrício recorda que ainda há agressores em liberdade (23 estão detidos). "Existem responsáveis do ataque em Alcochete que fugiram e podem voltar a atacar-nos, até para nos intimidar nos nossos depoimentos", aponta.
Quanto às agressões, explica que tentou ajudar William Carvalho enquanto este era agredido. "Ele agarra-me o braço e tenta torcê-lo e meter atrás das costas", recordou.
Ainda sobre esse dia, Patrício apontou: "Os jogadores acharam ainda anormal que o Team Manager André Geraldes, que estava sempre na Academia em dias de treino, não estivesse presente".