A curta reação de Magalhães e Silva antes de entrar no Tribunal Central de Instrução Criminal.
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O advogado Magalhães e Silva, que representa Luís Filipe Vieira, assegurou esta quinta-feira que o arguido se encontram tranquilos, à entrada para o Tribunal Central de Instrução Criminal.
O empresário e presidente do Benfica Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
"Só agora é que vou entrar no tribunal, não sei o timing das coisas. Ontem [quarta-feira] falámos, [Luís Filipe Vieira] está tranquilo e sereno", frisou Magalhães e Silva, na chegada às instalações, já depois dos arguidos, vindos do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, onde pernoitaram, numa operação marcada por um forte aparato policial.
Os quatro arguidos saíram hoje às 14:14 do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa e chegaram às 14:30 ao Tribunal Central de Instrução Criminal, com a rua a ser mesmo cortada pelas autoridades para facilitar a entrada das viaturas no tribunal.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais".
Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como "o rei dos frangos".