O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, decidiu não levar a julgamento a SAD do Benfica
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Paulo Gomes, advogado de José Silva; e Rui Pedro Pinheiro, representante de Júlio Loureiro, bem como Rui Patrício e Paulo Saragoça da Matta, causídicos da SAD do Benfica; falaram com os jornalistas à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, momentos depois de conhecida a decisão da juíza Ana Peres. O mesmo não sucedeu com o advogado de Paulo Gonçalves, Carlos Pinto de Abreu, que terá saído do Tribunal por uma porta diferente e não prestou declarações.
Paulo Gomes, advogado de José Silva, que irá a julgamento no caso E-Toupeira, mostrou-se satisfeito com a decisão. O representante de Júlio Loureiro, Rui Pedro Pinheiro, disse que "toda a gente tem amigos no futebol" e "é tudo normal", enquanto que os advogados do Benfica falaram em justiça feita.
Recorde-se que o TCIC decidiu, esta sexta-feira, não levar a julgamento a SAD do Benfica, por nenhum dos 30 crimes pelos quais estava acusada, mas o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves será julgado por corrupção, o mesmo sucedendo com o funcionário judicial José Silva.
A decisão instrutória foi proferida pela juíza de instrução criminal Ana Peres, que não pronunciou (não levou a julgamento) a SAD encarnada por nenhum dos 30 crimes que constam da acusação do Ministério Público (MP): um de corrupção ativa, outro de oferta ou recebimento indevido de vantagem e 29 crimes de falsidade informática.
Segundo a acusação do MP, Paulo Gonçalves, enquanto assessor da administração da Benfica SAD, e no interesse da sociedade, solicitou aos funcionários judiciais Júlio Loureiro (que também não vai a julgamento) e a José Silva (que vai a julgamento, mas que sai em liberdade - estava em prisão domiciliária) que lhe transmitissem informações sobre inquéritos, a troco de bilhetes, convites e merchandising.