"Toda a gente tem amigos no futebol, é tudo normal", diz advogado de Júlio Loureiro
Rui Pedro Pinheiro, advogado de Júlio Loureiro, falou aos jornalistas à saída do Tribunal Central de Instrução Criminal.
Corpo do artigo
Justiça: "Estou satisfeito e estávamos plenamente convencidos de que não ia dar nada. Já informei o Júlio Loureiro, está satisfeito. Fez-se justiça, às vezes faz-se justiça. Vamos ver se o Ministério Público terá coragem de persistir no Júlio Loureiro e à SAD de recorrer ou não".
Indemnização: "Estamos a ponderar, tivemos serenidade, confiança e acima de tudo descrição. Podem contar e estamos a ponderar objetivamente um pedido de indemnização".
Fragilidades da acusação?: "Quando estava a preparar alegações, e percorrendo imputações, era nada. Daí surgiu a transformação e-Toupeira em e-nada para Júlio Loureiro e à SAD do Benfica como se verificou. Tem de haver rigor numa acusação pública, não é uma brincadeira, uma acusação é uma coisa grave, não se pode imputar de qualquer maneira. Não há má-fé, houve sindicância do juiz de instrução criminal que nos veio dar razão. A defesa correu muito bem".
O que mudou vida de Júlio Loureiro?: "É do senso comum que toda esta trapalhada originou que o meu cliente saísse prejudicado em termos de postura".
Relação com SAD: "Não tem relação nenhuma com Benfica SAD, relações com pessoas, não com SAD's. Basta estar atento, não é preciso ser jornalista desportivo. Toda a gente tem amigos no futebol, é tudo normal."
Normal aceder a processos?: "Se conhece a decisão, não há relativamente a Júlio Loureiro... mas há quem vá a julgamento... disse que era 'e-nada para' Júlio Loureiro, foi o que disse. Relativamente a Paulo Gonçalves e José Silva estão devidamente representados".
Teme que Ministério Público recorra?: "Aguardo com calma e com serenidade, espero que não o faça e não persista neste nada de nada".
Houve má-fé do Ministério Público?: "Não há má-fé nenhuma. É a justiça a funcionar normalmente. O Ministério Público entendeu acusar de determinada forma, não aceitamos, requeremos abertura na instrução e, nesse sentido, a juíza deu-nos razão, não havia indícios suficientes. Mesmo quando se vai para julgamento pode não haver condenação".