Carlos Melo Alves, advogado do suspeito do atropelamento mortal junto ao Estádio da Luz, falou à comunicação social, à entrada para o primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa
Corpo do artigo
O advogado Carlos Melo Alves garantiu aos jornalistas que Luís Pina não se entregou às autoridades seis dias depois dos incidentes, realçando que o suspeito do atropelamento junto ao Estádio da Luz veio ter consigo "a chorar".
"Ele [Luís Pina] entregou-se, que é aquilo que interessa. Não foi seis dias depois. Ele quer colaborar com a justiça. O facto de se entregar naquele dia ou ou dali a dois, três dias não quer dizer que o tenha feito ou não tenha feito. Garanto-vos que ele não fugiu. Naquele dia ele já tinha percebido [que Marco Ficini tinha morrido]. Ele veio ter comigo comigo a chorar", atirou Carlos Melo Alves, à entrada para o primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, cujo início estava previsto para as 9h30.
O advogado de Luís Pina destacou ainda que o suspeito vai prestar declarações sobre o assunto e afirmou desconhecer a existência de mais ocupantes dentro da viatura que atropelou mortalmente Marco Ficini.
"O homem [Luís Pina] nunca disse que esteve no local. Ele nunca prestou declarações. Mas ele vai esclarecer. Sei lá qual vai ser a medida de coação, deixe ver as provas. Temos de ver que elementos de prova há e depois ponderar e ter expectativa quanto à medida de coação. [Presença de mais ocupantes dentro da viatura que atropelou mortalmente Marco Ficini] Está a dar-me uma novidade. O processo só agora começou. Quando for o despacho, o Ministério Público entenderá se será este o arguido ou se serão mais", acrescentou.
Recorde-se que Luís Pina vai ser hoje presente a um juiz de instrução criminal para aplicação de medidas de coação, que vão desde termo de identidade e residência a prisão preventiva.