Sousa Cintra demoveu o argentino de rescindir em maio e incluiu-lhe uma cláusula no contrato depois renovado
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O Zenit de São Petersburgo está decidido a comprar Marcos Acuña por 16 milhões de euros, acrescidos de mais quatro milhões, mediante variáveis.
Mas os valores inerentes à proposta do emblema russo correspondem a um pormenor apurado por O JOGO: o internacional argentino pode ser negociado no caso de surgir uma proposta de 20 milhões de euros, cláusula acordada aquando da renovação de contrato entre as partes, celebrada a 23 de outubro passado, num processo iniciado pela Comissão de Gestão encabeçada por Sousa Cintra. Contudo, são os quatro milhões em variáveis que estão a emperrar a operação.
Após a invasão à Academia, que provocou uma debandada no plantel leonino em maio último, o esquerdino contemplou a hipótese de rescindir contrato, à semelhança de vários outros elementos do elenco verde e branco. Porém, Sousa Cintra demoveu Acuña, prometendo-lhe uma revisão contratual. O lateral/médio-ala deixou-se convencer e o dossiê foi encerrado com prorrogação do vínculo até 2023 e a cláusula de rescisão a manter-se nos 60 milhões de euros. Porém, foi incluída a condição de El Huevo ser transferido caso surgisse proposta de 20 milhões de euros.
O camisola 9 - titular no sábado na conquista da Taça da Liga - está tentado a mudar-se para a Rússia, onde o espera um contrato mais apelativo do ponto de vista financeiro. O canhoto passaria a auferir um salário na ordem dos dois milhões de euros por ano livres de impostos, cerca do dobro do que recebe em Alvalade. O Zenit propôs a componente de quatro milhões de euros em metas variáveis (apuramento para a Champions, conquista de títulos e número de jogos disputados), mas os leões pretendem que essa parcela seja mais alcançável, razão pela qual o negócio ainda não se concluiu. Refira-se que os leões necessitam de realizar um encaixe substantivo no curto prazo para fazer face a uma situação financeira sensível.
Dívida Racing credor acionou os leões no TAS
Enquanto os verdes e brancos tentam transacionar Marcos Acuña, o Racing Club Avellaneda, clube que vendeu o canhoto ao Sporting, interpôs uma ação no TAS (Tribunal Arbitral do Desporto) contra os leões, alegando incumprimento de dívida. O cenário foi mesmo confirmado pelo presidente do emblema argentino a O JOGO. O Sporting ainda não honrou o pagamento de 1,375 milhões de euros, quantia respeitante à última tranche e que deveria ter sido liquidada até 31 de julho do ano passado. Em setembro passado, a SAD leonina foi ameaçada pelo clube da região de Buenos Aires de que seria acionada no TAS, mas, perante a falta de pagamento, o Racing levou mesmo a queixa por diante. Ao que O JOGO apurou, os valores em causa continuam por saldar.