"Acho uma vergonha que aqueles que mandam em Portugal não tivessem abdicado de parte do salário"
O treinador do Marítimo, José Gomes, criticou os governantes portugueses por não abdicarem de parte do salário em momento de dificuldades económicas
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O treinador do Marítimo, José Gomes, disse esta segunda-feira que o parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS) deixa "muitas dúvidas" e criticou os governantes portugueses por não abdicarem de parte do salário em momento de dificuldades económicas. E ainda mostrou-se contrário à redução do número de estádios para receberem as 10 jornadas que faltam à I Liga. "Seria melhor para todas as equipas jogarem no seu próprio estádio.
O treinador do Marítimo aproveitou ainda para dizer que o povo português é "fantástico", tem os melhores do mundo em "todas as áreas" e faz "autênticos milagres", mesmo em dificuldade, apontando o dedo a quem governa Portugal, porque sente que "um rei fraco torna fraca a sua forte gente".
"Nós somos pessoas, temos família. Não estamos de ouvidos tapados e temos obrigação de estarmos atentos ao que nos rodeia. Acho uma vergonha que as pessoas que mandam nos destinos do nosso país, que permitiram que houvesse cortes salariais, despedimentos em massa e 'lay-off', não tivessem abdicado de parte do salário até à retoma do país", vincou.
Portugal contabiliza 1.144 mortos associados à covid-19, em 27.679 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da DGS sobre a pandemia. Das pessoas infetadas, 805 estão hospitalizadas, das quais 112 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 2.549.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.