Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, justifica o adiamento do Euro2020 e outras alterações nos calendários internacionais
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O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, considerou hoje que a decisão de adiar o Euro2020 e o calendário das provas internacionais tem um único objetivo: "A saúde dos adeptos, funcionários e jogadores tem de ser a nossa prioridade número um". São, para o organismo, medidas de combate à pandemia do Covid-19.
"Nesse espírito, a UEFA apresentou uma gama de opções para que as competições possam terminar esta temporada com segurança. E estou orgulhoso da resposta dos meus colegas no futebol europeu", disse o dirigente, no final da assembleia geral extraordinária do organismo que tutela o futebol europeu, feita por vídeoconferência.
Para Ceferin, a UEFA está "à frente de uma modalidade que um grande número de pessoas vive e respira, sobre a qual se abateu um oponente invisível e veloz. É nesses momentos que a comunidade do futebol precisa mostrar responsabilidade, unidade, solidariedade e altruísmo".
"Era importante que, como órgão do futebol europeu, a UEFA liderasse o processo e fizesse o maior sacrifício. A mudança do Euro2020 tem um custo enorme para a UEFA, mas faremos o nosso melhor para garantir o financiamento vital para as bases de formação, para o futebol feminino e para que o desenvolvimento do jogo nos nossos 55 países não seja afetado", acrescentou.
Ceferin agradeceu à Associação Europeia de Clubes (ECA), às Ligas Europeias e à FIFPro Europe pelo seu "excelente trabalho hoje e pela sua cooperação", assim como às 55 associações nacionais, entre elas a FPF, e à confederação sul-americana CONMEBOL, que concordou em mudar a Copa América, a fim de seguir as recomendações emitidas pelas organizações internacionais de saúde pública.
"Isso significa que clubes e ligas da Europa terão o menor número possível de perturbações na disponibilidade de seus jogadores. Esses esforços conjuntos e especialmente essa decisão coordenada e responsável são profundamente apreciados por toda a comunidade europeia de futebol", concluiu, dirigindo ainda uma palavra à FIFA e a seu presidente, Gianni Infantino: "Fará o que for necessário para fazer esse novo calendário funcionar. Diante desta crise, o futebol mostrou seu melhor lado com abertura, solidariedade e tolerância".