Aldair, 22 anos, viveu a melhor época da carreira. Renovou em janeiro, por três anos, mas tem o sonho de chegar à Liga Bwin, onde está o ídolo Pedro Porro. O lateral-direito, que fez grande parte da formação como extremo, defende que a Sanjoanense foi das equipas que melhor futebol praticou na Liga 3. E a subida à II Liga até ficou perto...
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Filho de mãe portuguesa e pai angolano, Aldair foi um dos destaques da Sanjoanense, naquela que foi a segunda temporada ao serviço do clube de S. João da Madeira.
O lateral-direito, que fez a maior parte da formação como extremo, no Torreense, referiu a O JOGO que esta "foi a época mais produtiva" da carreira. "No ano passado também me tinha corrido bem, mas neste ano consegui afirmar-me na Sanjoanense. Consegui fazer mais jogos [25], mais assistências [quatro] e fiz um ano bastante regular", explicou, assumindo que agora sente-se mais confortável a jogar como defesa.
"Gosto das duas posições, mas desde que me adaptei a lateral isso trouxe-me mais vantagens. Consigo ver o jogo de frente, sinto mais facilidade para atacar a profundidade e chegar às partes ofensivas do campo, onde sou forte", destacou o jogador de 22 anos, revelando que na Liga Bwin, onde deseja jogar um dia, tem em Pedro Porro (Sporting) a principal referência, embora a nível mundial também admire João Cancelo (Manchester City), Nélson Semedo (Wolverhampton) e Alphonso Davies (Bayern Munique).
"Até agora ainda não me chegou nenhuma proposta. Renovei em janeiro com a Sanjoanense por três anos e sinto que estou a evoluir. É lógico que gostava de dar o salto para outros patamares, mas também sou feliz aqui. Vamos ver o que acontece", sublinhou, falando do emblema de S. João de Madeira de forma curiosa.
"Este é um clube grande, costumo dizer que é um gigante adormecido. Tem muito potencial, as pessoas que estão à frente do projeto querem colocar a equipa nos campeonatos profissionais".
Para Aldair, este objetivo de época até esteve perto de se concretizar. "Só não fomos à fase de subida porque perdemos o último jogo, contra o Canelas [0-1]. Não começámos tão bem, havia vários jogadores novos, mas com o passar do tempo e a chegada do treinador Tiago Moutinho, tornámo-nos mais ambiciosos, as qualidades sobressaíram e o trabalho deu frutos, com o primeiro lugar na fase de manutenção".
Feliz por Torres Vedras
A final da Liga 3, disputada entre a Oliveirense e o Torreense, foi seguida com especial atenção por Aldair. O lateral-direito, de 22 anos, é natural de Torres Vedras e esteve ligado ao clube durante dez épocas, tendo feito a maior parte da formação lá, antes de se transferir para os sub-23 da Académica e, posteriormente, para a Sanjoanense.
"Fiquei bastante feliz, foi o clube onde cresci, fiz lá a formação quase toda, menos dois anos, por isso tenho um carinho especial pelo Torreense", contou, assumindo que ao longo desta época também torceu um pouco pelo sucesso do clube onde deu os primeiros passos.
"Fiquei muito contente por terem subido à II Liga e terem sido campeões. Gostei de ver a cidade de Torres Vedras, que é conhecida pelo Carnaval, muito feliz", atirou, cotando que da atual equipa de Nuno Manta apenas conhece o terceiro guarda-redes, Joel Tomé, com quem jogou nas camadas jovens do clube, e o técnico adjunto Ricardo Ferreira, que iniciou a temporada mas saiu. "Foi um treinador marcante para mim e um dos obreiros do crescimento do Torreense. Também já esteve ligado à formação do Benfica", finalizou.